Após tragédia, VoePass pede “nível de alerta para rotina operacional” a funcionários

Após o acidente que matou 62 pessoas em Vinhedo, São Paulo, a VoePass emitiu comunicado pedindo aos funcionários que eles “elevassem o nível de alerta para a rotina operacional”. Um avião da companhia que fazia o trecho Cascavel (PR) a Guarulhos (SP) caiu na última sexta-feira, 9, matando todos os ocupantes.

“A continuidade das nossas operações é de fundamental importância para manter o compromisso com nossos clientes e com a operação de acolhimento em que estamos comprometidos. Eleve o seu nível de alerta para a rotina operacional e atente-se às recomendações que estamos divulgando nos canais internos”, diz o comunicado interno.

Além disso, o documento pede que funcionários não forneçam informações para pessoas de fora da empresa. Qualquer informação oficial deve ser dirigida apenas pela nossa área de comunicação e pelos porta-vozes da companhia.”

A empresa também agradeceu os colaboradores pelo “apoio”. “Elas são de vital importância para que possamos continuar unidos e firmes no principal propósito de prover conforto e assistência às famílias de todos os envolvidos nesta ocorrência.”

“Reforçamos que estamos comprometidos com a sua segurança e a dos nosso clientes”, completa.

Voo 2283

O voo 2283 da VoePass partiu de Cascavel, no Paraná, com destino ao Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo. Após cerca de 1h30 de voo, a aeronave perdeu sustentação e caiu em um condomínio residencial em Vinhedo, a cerca de 70 km do aeroporto. O avião tinha 62 ocupantes, sendo 58 passageiros e 4 tripulantes. Todos morreram.

Segundo o Corpo de Bombeiros de São Paulo, a queda ocorreu às 13h25 na rua Edueta, na altura do número 2.500. O local é próximo da rodovia Miguel Melhado de Campos (SP-324). Sete equipes estão empenhadas no resgate.

Formação de gelo

A queda do avião da VoePass pode ter sido causada por gelo nas asas. A avaliação é do engenheiro aeronáutico Celos Faria de Souza, perito criminal em acidentes aeronáuticos e diretor da Associação Brasileira de Segurança de Voo (Abravoo). Celos falou ao jornal O Globo.

Segundo ele, existem duas hipóteses para o acidente, sendo que uma delas tem 95% de chance de ser a principal causa. “Havia previsão de formação de gelo na área do acidente. O gelo pode ter se formado na asa da aeronave e o sistema de de gelo, por alguma razão, não funcionou. Com isso, o avião perde sustentação e cai da forma que vemos no vídeo”, diz ele.

O perito observa que é possível ver que a estrutura da aeronave está íntegra, sem avarias, o que reforça a tese do gelo na asa. “Se tivesse que apostar na possível razão da queda, diria que há chance de 95% de que isso tenha provocado a queda”, continuou.

A outra hipótese, segundo Celos, é que a aeronave tenha sofrido um desbalanceamento durante o voo. Isso significa que uma possível carga dentro da aeronave tenha se movido para a parte de trás do avião, o que causaria perda de sustentação e, consequentemente, a queda.

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