Escolas da rede municipal de Balneário Camboriú seguem com vigilância armada: investimento é de R$ 4,6 milhões

As 48 unidades da rede municipal de Balneário Camboriú (incluindo escolas, creches e polos, como o projeto Oficinas) seguem com vigilância armada por pelo menos mais este ano. O contrato foi renovado pela prefeitura, com a empresa Orbenk, até dezembro, no valor de R$ 4,6 milhões. 

A presença dos vigilantes nas unidades de Balneário veio após o ataque na creche de Blumenau, ocorrido em abril/2023. Inicialmente, guardas municipais faziam a segurança.

Segundo o secretário de Educação de Balneário Camboriú, Marcelo Achutti, o contrato foi renovado em janeiro. 

“O contrato é renovado ano a ano, se o próximo prefeito quiser, poderá renovar para 2025 [já que neste ano haverá eleição e a decisão de renovação ou não dependerá do novo prefeito]. A presença dos vigilantes armados não foi de apenas 30 dias como algumas pessoas questionavam. Tem cidades que nem colocaram vigilância armada, outras colocaram por pouco tempo, e Balneário Camboriú colocou como um investimento em segurança, porque as nossas escolas precisam, sim. Não vejo Balneário Camboriú não tendo mais segurança armada nas escolas”, explica.

Além de zelar pelo patrimônio escolar, o agente de segurança da Orbenk é responsável pelo controle de acesso e proteção de alunos, professores, servidores e demais usuários dos ambientes durante a permanência deles no local. 

Achutti diz que o investimento vem para dar tranquilidade aos pais e comunidade escolar e, segundo ele, os próprios alunos e funcionários veem os vigilantes como ‘integrantes’ das unidades.

Divulgação/PMBC

“Criaram um vínculo com a comunidade escolar. Eles trabalham em turno de 12h e fazem rodízio entre eles. Todas as 48 unidades são assistidas, incluindo os polos, como o projeto Oficinas”, acrescenta.

Achutti lembrou que inicialmente, de forma emergencial e para dar tranquilidade aos pais e responsáveis [após o ataque houve muitos comentários que outras escolas poderiam ser atacadas] guardas municipais faziam a segurança.

“Se seguíssemos com os guardas municipais fazendo isso [a segurança], iria metade do contingente [efetivo/tropa] só com as escolas, fora a questão de folgas e escalas, e o vigilante é exclusivo para fazer a segurança das 48 unidades. Imagina fazer concurso público para mais 48 vigilantes armados, assim temos licença de armas, cofres, e os próprios profissionais. Os R$ 4,6 milhões saem mais barato do que se fôssemos investir em concurso, contratação, compra de armas, etc.”, completa.

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