Renato Cariani é investigado por suposta sonegação de mansão, diz jornal

O influenciador fitness, empresário e fisiculturista Renato Cariani, 47 anos, passou a ser investigado pela Polícia Federal por possível sonegação de uma mansão, em Campos do Jordão, no Interior de São Paulo. Ele é réu por tráfico de drogas, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

De acordo com as investigações, divulgadas pelo O Globo documentos relacionados ao imóvel, com dois pavimentos, academia, quadra de tênis, piscina e área verde, foram encontradas em troca de e-mails de Cariani. Segundo a PF, a mansão teria sido comprada por R$ 470 mil, em 2012.

Em depoimento, Cariani teria confirmado a compra do imóvel, que pertencia a duas pessoas. A venda teria sido tratada com uma das pessoas dona da metade da propriedade.

Evolução do patrimônio chama atenção

A evolução patrimonial também chamou atenção da PF, que investiga o crescimento ao longo de oito anos. Entre 2014 e 2022, os bens avaliados de Cariani teriam passado de R$ 2,4 milhões para mais de R$ 8 milhões, uma alta de 233%.

Chamou a atenção da PF também o volume de dinheiro em espécie acumulado pelo empresário. Neste mesmo período, ele teria acumulado R$ 942 mil em cédulas.

Desvio de químicos para produção de drogas

Após dez meses de investigações, a PF concluiu o inquérito contra o influenciador fitness Renato Cariani, suspeito de desvio de produtos químicos destinados à produção de drogas para o narcotráfico em larga escala.

O relatório final resultou no indiciamento de Renato Cariani e mais dois associados pelos crimes de tráfico equiparado, associação para tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.

Além de Renato Cariani, Fabio Spinola Mota e Roseli Dorth são acusados pela PF por utilizar uma empresa para falsificar notas fiscais de vendas de produtos destinados a multinacionais farmacêuticas. No entanto, esses insumos eram desviados para a produção de cocaína e crack, abastecendo uma rede criminosa de tráfico internacional liderada por facções como o Primeiro Comando da Capital (PCC), de acordo com a investigação.

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