TJGO inicia julgamento das apelações do Caso Valério Luiz

O Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) iniciou nesta terça-feira, 27, o julgamento das apelações do Caso Valério Luiz. O filho da vítima e assistente do Ministério Público (MP) no processo, Valério Luiz Filho, fez a sustentação oral e o processo teve novo pedido de vistas.

A corte trata do pedido de anulação da condenação de Ademá Figuerêdo, Urbano Malta, Marcus Vinícius e Maurício Sampaio, enquanto a acusação apelou para o aumento das penas.

O desembargador Ivo Fávaro pediu vista e o julgamento foi suspenso, devendo continuar na próxima sessão do TJGO.

“Esperamos que o TJGO faça justiça, como marco civilizatório em nosso Estado, já que o mandante do homicídio se utilizou de recursos e influência angariados na ocupação de uma função pública para arregimentar policiais militares, que, por sua vez, usaram de seu conhecimento tático e até viatura para armarem uma operação militar com o fim de ceifar a vida do jornalista Valério”, comentou a acusação.

Relembre o caso

Valério Luiz de Oliveira foi assassinado em 5 de julho de 2012 ao deixar as dependências da rádio em que trabalhava no Setor Serrinha, região sul de Goiânia. O crime foi cometido por volta das 14 horas, na Rua T-38, no Setor Bueno, a poucos metros da emissora.

Segundo apurado no inquérito policial, Ademá Figuerêdo Aguiar Filho, em “conluio, repartição de tarefas e contando com a participação dos demais denunciados, efetuou vários tiros em Valério Luiz de Oliveira,”.

Foi verificado ainda que as críticas que Valério Luiz de Oliveira fazia à diretoria do Atlético Clube Goianiense, no exercício da profissão de jornalista e radialista esportivo, nos programas Jornal de Debates, da Rádio Jornal 820 AM, e Mais Esporte, da PUC TV, teriam desagradado Maurício Sampaio, que era dirigente do clube de futebol. Os comentários da vítima geraram “acirrada animosidade e ressentimento no empresário, com desentendimentos”, segundo a denúncia apresentada.

Motivação fútil

A investigação destacou que, no dia 17 de junho de 2012, em meio aos comentários que a vítima fazia no programa Mais Esporte, ao falar a respeito de possível desligamento de Maurício Sampaio da diretoria do time de futebol, ela teria dito que “nos filmes, quando o barco está afundando, os ratos são os primeiros a pular fora”.

Em represália, narrou a denúncia, a diretoria do Atlético Clube Goianiense proibiu a entrada das equipes jornalísticas nas dependências do clube.

Sentindo-se ofendido na sua honra, ressaltou o relato dos promotores, Maurício Sampaio passou a almejar a morte da vítima com o auxílio de comparsas, responsáveis pelo planejamento e execução do crime.

Marcus Vinícius Pereira Xavier emprestou moto, capacete e camiseta para Ademá Figuerêdo, além de guardar no açougue de sua propriedade a arma e o celular que seriam utilizados no homicídio. Os chips dos telefones utilizados na comunicação foram habilitados em nomes de terceiros.

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