Rui Costa discute combate à queimadas; Caiado sai insatisfeito com respostas da União aos estados

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, se reuniu na tarde desta quinta-feira, 19, com nove governadores e dois vice-governadores das regiões Norte e Centro-Oeste. O encontro foi marcado para discutir ações de combate a queimadas que atingem com grande intensidade as duas regiões. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não participou pois cumpria agenda no Maranhão.

Participaram da reunião os governadores Helder Barbalho (Pará), Ronaldo Caiado (Goiás), Mauro Mendes (Mato Grosso), Wilson Lima (Amazonas), Gladson Cameli (Acre), Ibaneis Rocha (Distrito Federal), Eduardo Riedel (Mato Grosso do Sul), Wanderlei Barbosa (Tocantins) e Antonio Denarium (Roraima). Os governadores de Rondônia e Amapá enviaram os vices.

Após a reunião, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), afirmou que o Estado tem problemas com focos de incêndio nas áreas mais produtivas. “Temos problemas de focos de incêndio em áreas produtivas, o que desmente a tese de que estaria sendo colocado fogo ali. Em Goiás teve um aumento [de queimadas] em 41% nas áreas produtivas do Estado e as áreas não produtivas houve uma diminuição de 12% dos focos de incêndio”, disse.

Caiado afirma que existem poucos incêndios criminosos no Estado e que a baixa umidade do ar ajuda o fogo a se alastrar. “Com uma seca extensa, a temperatura alta, com umidade próxima a 7% e com o vento, lógico, que ao se colocar ali em uma queimada em cana, em lavouras que têm bastante volume de massa orgânica na terra, é lógico que essas queimadas tomam proporções que são incontroláveis”, afirmou.

Durante a coletiva, o governador também criticou a atuação do Governo Federal durante a época mais intensa de queimadas. “Como o Governo Federal não tem informações, não fornece aos Estados, não tem o monitor de queimadas. Como o Governo Federal não tem isso para nos ofertar?”, disse.

“O governo federal não estava preparado para o que aconteceu. De repente foi procrastinando e agora vai chegando ao final, em outubro, acredito eu que novembro já estará chovendo. Se der algumas chuvas já cai [os incêndios]”.

Segundo ele, o que ficou decidido não é o suficiente para sanar o problema. “Goiás vai receber R$ 13 milhões, 100 bombeiros e 30 brigadistas e a promessa é que a partir de agora vai ter um estudo para ver quem pode ser contemplado em relação aos apoios dos próximos incêndios que virão”, disse.

Por fim, Caiado falou sobre a discussão do federalismo no Brasil. “Desde quando Brasília vai saber resolver um problema lá no Nordeste goiano ou no Pará, ou no Tocantins, ou em qualquer lugar do Brasil? Brasília não sabe governar o país. Isso é uma ineficiência completa. “, disse.

“Brasília poder decidir o que é que vai fazer em cada Estado, nós estamos cansados. Brasília não deu conta de resolver Rio Grande do Sul, não vai dar conta de resolver o problema das queimadas”, completou.

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