Complexo Portuário do Itajaí-açu alcança a marca de 1.500 giros na área da nova Bacia de Evolução

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O Complexo Portuário do Itajaí-Açu realizou, no domingo (04), a operação com o giro de número 1.500 na área da nova Bacia de Evolução. A marca foi alcançada com o navio MSC Athens, da Libéria, de 299,95 metros de comprimento por 48,20 metros de largura. A manobra de ré, exclusiva na América do Sul, permite que sejam realizadas atracações simultâneas nos dois portos (Itajaí e Navegantes), mesmo se um dos terminais estiver com os berços ocupados.

A manobra de ré teve início em janeiro de 2020 e é única na América do Sul. Atualmente no mundo, manobras com giro de navios são realizadas em portos da Europa e Ásia. A ação no Complexo Portuário do Itajaí só é possível devido à obra da nova Bacia de Evolução. Como os terminais estão de frente um para o outro, com distância de apenas 400 metros, antes da obra, não era possível atracar novo navio se um dos portos estivesse com os berços ocupados.

“Quando a primeira manobra de giro, inédita no Brasil, aconteceu a quatro anos atrás, na área da nova Bacia de Evolução (Baía Afonso Wippel), sabíamos que naquele dia tínhamos dado o primeiro passo. Muito se construiu para chegar até aqui e muito ainda há de se fazer até a conclusão da segunda etapa das obras. Estamos atentos junto ao Governo Federal e Estadual para que possamos receber recursos financeiros e, assim, finalizarmos este processo”, destacou o superintendente do Porto de Itajaí, Fábio da Veiga.

As operações são acompanhadas e monitoradas pela Superintendência do Porto de Itajaí (Autoridade Portuária), além dos demais órgãos envolvidos no processo. Além disso, os trabalhos de dragagem permanente garantem a segurança de navegação das embarcações no canal de acesso. Atualmente a Bacia de Evolução contempla 500 metros de diâmetro e 14 metros de profundidade, o que possibilita a atracação de navios de grande porte de acordo com as escalas de tamanho permitidas no momento.

“No Brasil, Itajaí é o único porto a fazer dragagem permanente desde o ano de 1999. Com isso, podemos dar segurança de navegação a todas as embarcações que atracam no complexo, e, principalmente, para as que realizam manobras na área da Bacia de Evolução. Da mesma forma, os trabalhos de dragagem têm a finalidade de reduzir os impactos de inundações, fazendo com que a grande vazão das águas das chuvas que descem do Alto Vale e Vale do Itajaí possam se dissipar. Com a manutenção de dragagem garantida até dezembro deste ano podemos manter as profundidades do rio entre 13 e 14 metros”, complementa Fábio da Veiga.

Sobre a nova Bacia de Evolução

A primeira fase do projeto de ampliação do acesso aquaviário para o Complexo Portuário de Itajaí e Navegantes foi realizada em 2019. O novo acesso permitiu a chegada de navios de até 350 metros. Como consequência da ação, houve um aumento de produtividade e maior flexibilidade logística para todo o complexo. A primeira etapa da obra contou ainda com aporte financeiro do Município de Itajaí para sua conclusão.

A segunda etapa das obras já está projetada e licenciada ambientalmente. Sua extensão para manobras abrange um raio de 530 metros de comprimento. O objetivo é que, de uma margem a outra, os navios possam realizar giros de 180º e 360º dentro da área da nova Bacia de Evolução.

Com a finalização da segunda fase da obra, o tamanho dos navios recebidos no Complexo Portuário poderá ser de até 366 metros de comprimento por 51 metros de largura. Isso permitirá ampliar a quantidade de contêineres por navio de 12 mil para 16 mil – um aumento de 33%.

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