Israel volta a atacar o Líbano e número de mortos vai a 558

Demóstenes Torres

As FDI (Forças de Defesa de Israel) disseram ter voltado a atacar áreas do sul do Líbano. O exército israelense declarou ter atingido, na madrugada desta terça-feira, 24, “dezenas de alvos do Hezbollah”. Como resultado, diversos voos de e para o Líbano foram cancelados. As informações são da Reuters.

O ministro da Saúde libanês, Firass Abiad, disse que o número de mortos subiu para 558 com os ataques desta 3ª feira (24.ago), incluindo 50 crianças e 94 mulheres. Há 1.835 feridos. A ofensiva ocorre 1 dia depois de Tel Aviv ter realizado ataques aéreos contra o grupo armado que, segundo autoridades libanesas, matou quase 500 pessoas e fez dezenas de milhares fugirem para a segurança.

Em publicação no Telegram, as FDI disseram ter atingido “a célula terrorista do Hezbollah” que havia realizado um ataque contra HaAmakim, no norte de Israel. “Além disso, a artilharia e os tanques das DI atingiram alvos terroristas adicionais na área de Ayta ash Shab e Ramyeh, no sul do Líbano”, lê-se no post.

Em outra publicação no aplicativo de mensagens, os militares israelenses declararam que “continuam atacando alvos terroristas pertencentes à organização terrorista Hezbollah no sul do Líbano” ao longo da manhã desta 3ª feira (24.set).

“Nas últimas horas, as FDI atingiram alvos terroristas do Hezbollah no sul do Líbano, incluindo lançadores, locais de infraestrutura terrorista e edifícios nos quais armas eram armazenadas”, afirmaram.

“As FDI continuarão operando para desmantelar e degradar as capacidades e a infraestrutura terrorista do Hezbollah”, acrescentaram.

Mais de 30 voos internacionais indo e voltando de Beirute, capital do Líbano, foram cancelados nesta 3ª feira (24.set), segundo o site do Aeroporto Internacional Rafic Hariri. Entre as companhias aéreas estão Qatar Airways, Turkish Airways, Air France, Emirates, e Air Arabia.

Conflito

A ofensiva de 2ª feira (23.set) é considerada a mais ampla territorialmente desde o início do conflito entre os israelenses e o grupo extremista, intensificado na última semana depois da explosão de pagers no Líbano.

Uma série de explosões de pagers em 17 e 18 de setembro no Líbano resultou na morte de 37 pessoas. O governo libanês e o Hezbollah acusam Israel de ser responsável por hackear os dispositivos, usados por integrantes do grupo extremista.

Os pagers são dispositivos utilizados para a recepção de alertas e mensagens curtas. Ainda são úteis para comunicação em locais por causa da confiabilidade, apesar da proliferação de telefones celulares –e posteriormente smartphones– ter reduzido a circulação dos equipamentos.

O uso dos comunicadores analógicos foi recomendado pelo líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em fevereiro para evitar o rastreamento por Israel. Segundo a agência estatal Al Jazeera, do Qatar, e a Irna, do Irã, esses dispositivos continham cargas explosivas de menos de 50 gramas. O governo libanês aconselhou a população a descartar imediatamente os pagers.

Em resposta às explosões dos dispositivos, o Hezbollah lançou 150 foguetes contra o território israelense. Naim Qasem, o nº 2 do grupo extremista, afirmou no domingo (22.set) que a guerra contra os israelenses “entrou em nova fase”.

As FDI divulgaram na 2ª feira (23.set) um vídeo que mostra o ataque a uma estrutura na área de Jabal Al-Batm. O local estaria escondendo armas do Hezbollah. Em outro vídeo, as forças israelenses ilustram os locais no Líbano que estariam armazenando armamentos do grupo extremista.

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