Produtoras aguardam posicionamento da defesa de Gusttavo Lima para cancelar shows

Empresas que produzem os shows do cantor Gusttavo Lima, que teve sua prisão preventiva decretada na última segunda-feira, 23, aguardam o posicionamento da defesa do artista para cancelar as apresentações. Segundo informações já divulgadas pela imprensa, o cantor está em Miami, para onde viajou horas antes do mandado de prisão ser expedido, a assessoria do cantor não confirmou nem negou a ida dele aos Estados Unidos.

Gusttavo Lima ainda possui dois shows marcados para setembro em: Marabá, no dia 27, e em Parauapebas, no dia 28, ambos no Pará. Já em outubro, o cantor tem quatro apresentações marcadas em: Maringá -PR (dia 4); Londrina – PR (dia 5) Ijuí – RS (dia 10) e Brasília – DF (dia 12).

O Jornal Opção conversou com as produtoras dos eventos, exceto a BaladaApp (que produz o show em Brasília). Segundo as empresas, as apresentações estão mantidas até que os empresários do cantor se manifestem ou cancelem eles próprios os eventos marcados.

A Positivo Eventos, que produz os shows no em Marabá e Parauapebas, afirmou em nota publicada nas redes sociais que também aguarda o posicionamento oficial da Balada Eventos, que gerencia a carreira de Gusttavo Lima.

Já a LG Produções Artísticas, responsável pelos shows em Maringá e Londrina, informou ao Jornal Opção que mantém a apresentação de Gusttavo Lima até segundo aviso e que caso haja alguma mudança, o posicionamento será publicado nas redes sociais. A We Eventos, produtora da Expofest Ijuí, também confirmou que a apresentação está mantida até segundo aviso.

A reportagem também tentou contato com a assessoria de imprensa e com os advogados de Gusttavo Lima, mas não obteve resposta. O espaço segue aberto para manifestações.

Prisão decretada

A Justiça de Pernambuco determinou a prisão do cantor Gusttavo Lima. A decisão foi tomada pela juíza Andrea Calado da Cruz, do Tribunal de Justiça de Pernambuco. Nivaldo Batista Lima [nome de registro de Gusttavo Lima] teve sua prisão decretada no âmbito da Operação Integration, que investiga lavagem de dinheiro através de jogos de azar. A operação também resultou na prisão da influenciadora Deolane Bezerra.

O pedido de prisão contra Gusttavo Lima foi feito pela Polícia Civil. A juíza rejeitou argumentos do Ministério Público de Pernambuco, que havia pedido a substituição de prisões preventivas por medidas cautelares.

“É imperioso destacar que Nivaldo Batista Lima [nome verdadeiro de Gusttavo Lima], ao dar guarida a foragidos, demonstra uma alarmante falta de consideração pela Justiça. Sua intensa relação financeira com esses indivíduos, que inclui movimentações suspeitas, levanta sérias questões sobre sua própria participação em atividades criminosas. A conexão de sua empresa com a rede de lavagem de dinheiro sugere um comprometimento que não pode ser ignorado”, diz a decisão.

Segundo a juíza, ao voltar de uma viagem à Grécia, uma aeronave que transportou o cantor e outros dois investigados pode ter deixado dois suspeitos no exterior.

“Na ida, a aeronave transportou Nivaldo Lima e o casal de investigados, seguindo o trajeto Goiânia – Atenas – Kavala. No retorno, o percurso foi Kavala – Atenas – Ilhas Canárias – Goiânia, o que sugere que José André e Aislla possam ter desembarcado na Grécia ou nas Ilhas Canárias, na Espanha. Esses indícios reforçam a gravidade da situação e a necessidade de uma investigação minuciosa, evidenciando que a conivência de Nivaldo Batista Lima com foragidos não apenas compromete a integridade do sistema judicial, mas também perpetua a impunidade em um contexto de grave criminalidade”, afirma a juíza.

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