A inauguração de Brasília sob a lente dos diários associados

Os Diários Associados uniram forças para transmitir e registrar a inauguração de Brasília, em 21 de abril de 1960. Televisão, rádio, jornal e revista, todo mundo junto vendo os palácios de Oscar Niemeyer, o Plano Piloto de Lucio Costa, as lágrimas de Juscelino Kubitschek na missa celebrada na Catedral inacabada. No imenso vazio do Planalto Central, surgia a Praça dos Três Poderes. Perto dali, prédios em construção e muita poeira no ar. Ao fundo, o Lago Paranoá. A partir daquela data histórica, o Presidente passaria a morar no Palácio da Alvorada e a trabalhar no Palácio do Planalto.

As lentes das câmeras de televisão registravam Juscelino e Israel Pinheiro no parlatório do Planalto. Dois mineiros que fizeram aquela cidade recém inaugurada preencher o quadradinho no mapa traçado pela Missão Cruls. Brasília era a realização de um sonho e a esperança de que o nosso país iria sim se tornar uma nação democrática, próspera e desenvolvida. Se Brasília foi feita em 3 anos e meio, o Brasil tinha plenas condições de ser uma nação de Primeiro Mundo.

O Rio de Janeiro não era mais a capital federal, mas ainda sediava as redações dos principais jornais do Brasil. A partir de 1960, a antiga capital era Estado da Guanabara e, cinco anos depois, completaria quatro séculos de fundação. Não bastava ficava chorando o leite derramado, era preciso mostrar que o Rio de Janeiro continuava lindo mesmo sem o status de capital federal. Ia demorar um pouco para toda a bagagem ser transportada para Brasília. Não que houvesse intenção de reverter a transferência da capital, mas curti-la até o último minuto disponível. Todo esse movimento foi registrado pelos Diários Associados.

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