Reforma Tributária é antiliberal, concentradora e convite à corrupção

O general Paulo Chagas, ex-candidato a governador do Distrito Federal, um patriota acima de qualquer suspeita, como bom cidadão assiste com apreensão o avanço das ideias socialistas neste país.

O texto dele, que reproduzo abaixo por considerar uma oportuna crítica à reforma tributária, é impecável.

Realmente os burocratas que elaboraram a proposta da reforma, diante da encomenda de desenhar um cavalo, de tanto complicar, pintaram um camelo. Disse bem o general Paulo Chagas: a emenda saiu pior do que o soneto. Aquilo que reconhecidamente é ruim, vai ficar pior.

Roberto Campos, a maior inteligência e cultura de toda a história do Brasil, entre as suas sábias sentenças, dizia com a sua conhecida verve de que “o Brasil não perde uma única oportunidade de perder uma oportunidade”. E esta reforma tributária é uma delas.

Diante do unânime consenso do desastre que é o atual sistema tributário e da necessidade de uma nova formatação; diante do clima político e social favorável à mudança, com o “camelo” que vamos adotar estamos desperdiçando uma grande oportunidade.

Essa preocupação está bem exposta no feliz texto do general Paulo Chagas, a seguir. Ao qual nada há a acrescentar.

A Reforma Tributária do governo Lula da Silva

Paulo Chagas

Sobre a proposta de Reforma Tributária do governo Lula da Silva, em rápida consulta a quem sabe, aprendi que é uma “emenda pior do que o soneto”.

Partindo do princípio de que para complicar, basta esforço e que, para simplificar, é necessário lucidez, algo ausente no DNA dos burocratas, a implantação dessa reforma é uma loucura capaz de “transformar cavalo em camelo”.

Aprendi que aprová-la é um erro grave, pois concentra mais poder em Brasília, tem alto custo fiscal e propõe uma alíquota de valor agregado superior a 27,5%. Além das incertezas inerentes às circunstâncias, é mais um passo em direção ao completo controle do país, tornando estados e municípios dependentes da União, que centraliza a arrecadação, sepultando de vez o princípio da subsidiariedade.

Independentemente de ser uma proposta visceralmente socialista, o que por si só já é motivo de desconfiança, não é bom que seja aprovada. É antiliberal, concentradora e um convite ao perfil corrupto dos que se alimentam e enriquecem nas tetas da nação.

É o que basta para que não seja aprovada de afogadilho ou na calada da noite, como sói acontecer”.

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