Homem que matou cuidadora estrangulada deve ser indiciado nesta quinta-feira, 14

A morte de Cíntia Ribeiro Barbosa, de 38 anos, foi causada por asfixia mecânica e estrangulamento, conforme aponta relatório da Polícia Civil de Goiás (PCGO). Conforme revela inquérito da investigação, a cuidadora de idosos foi assassinada pelo colega de trabalho Marcelo Júnior Bastos Santos, de 27, por tê-lo rejeitado. O indiciamento de Marcelo Júnior Bastos Santos está programado para quinta-feira, 14, data em que o relatório final do inquérito deverá ser divulgado.

Marcelo e Cintia trabalhavam juntos cuidando de um casal de idosos na Cidade Jardim, em Goiânia. O crime aconteceu no dia quatro de novembro e o suspeito foi preso no dia seguinte. O homem usou um fio elétrico e uma fita para prender fraldas geriátricas para estrangular a mulher, além de ter aplicado um mata-leão em Cintia. 

Em depoimentos à Delegacia de Investigação de Homicídios (DIH), o homem confessou o crime, disse ter tentado enterrar o corpo da vítima no mesmo lote onde trabalhavam, mas, sem sucesso, optou por jogá-lo por cima do muro, em um lote vago, e então esconder o corpo alí. Investigadores encontraram terra remexida ao lado de onde a vítima foi encontrada, e vizinhos alegam que o autor confesso do crime havia pedido uma pá emprestada no mesmo dia. 

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Lesões no braço esquerdo, cotovelos, na perna e mão direitas de Cintia mostram que ela morreu tentando se defender. Apesar do laudo cadavérico da Polícia Técnico-Científica não apontar lesões nas partes íntimas da vítima, a investigação concluiu que houve tentativa de esturpo, já que a tentativa de beijo negada (compartilhada pelo próprio autor confesso do crime) foi seguida pelo feminicídio. 

Marcelo responde agora por feminicídio, tentativa de estupro, ocultação de cadáver e furto (o homem também levou a aliança e o anel de noivado da vítima, que havia se casado oito dias antes de seu assassinato. 

Entenda o caso

No dia do crime, o autor tentou beijar a vítima à força, mas foi repelido com um tapa. Em depoimento, Marcelo confessou que o ato de rejeição motivou o feminicídio. Ele relatou ter estrangulado a colega com um golpe de mata-leão e, posteriormente, usado um fio elétrico e uma fita de amarração de fraldas geriátricas para consumar o crime.

A família de Cintia registrou o boletim de ocorrência de seu desaparecimento no mesmo dia de sua morte, relatando que ela havia sido vista pela última vez ao chegar ao trabalho, deixada pelo marido. Durante as buscas, policiais notaram uma cerca elétrica danificada entre o local de trabalho da vítima e o lote ao lado, o que os levou a vasculhar a propriedade vizinha.

A equipe forçou a entrada no terreno, que estava abandonado, e encontrou o corpo da cuidadora de idosos. As investigações indicam que, após ser assassinada, a vítima foi lançada no lote vizinho e arrastada para uma área de difícil visibilidade.

Após ouvir testemunhas, os investigadores da Delegacia de Homicídios localizaram o suspeito no dia seguinte.

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