Mulher casada se apaixona por namorado virtual do ChatGPT

Ayrin, casada e à distância de seu marido Joe, encontrou no ChatGPT uma forma de companhia emocional e até romântica. Tudo começou com a personalização de um chatbot para se comportar como um parceiro ideal, gerando conversas cheias de afeto e até conteúdo erótico.

Mas o que parecia ser apenas uma curiosidade tecnológica acabou se transformando em uma relação complexa, gerando questionamentos sobre limites, fidelidade e as implicações da interação humano-IA.

Com mais de 300 milhões de usuários globais, o ChatGPT está sendo usado para muito mais do que tarefas rotineiras. Especialistas já debatem se interações emocionais com chatbots podem ser consideradas relacionamentos reais.

“Dizer que não é real ignora o fato de que os sentimentos provocados são completamente autênticos”, afirmou Marianne Brandon, terapeuta sexual, em reportagem do The New York Times publicada pela Folha de S. Paulo.

Enquanto Ayrin explorava sua fantasia com Leo, a relação começou a interferir em sua vida cotidiana. A personalização do chatbot permitiu a criação de narrativas que supriam fantasias que ela nunca compartilhou com parceiros humanos.

No entanto, a dedicação emocional e financeira – incluindo uma assinatura premium de US$ 200 mensais – geraram dúvidas sobre até onde essa relação poderia ir. Especialistas preveem que interações românticas com IA serão normalizadas em poucos anos, trazendo novos desafios éticos e emocionais.

Empresas como a OpenAI enfrentam o dilema de moderar essas interações enquanto aproveitam o potencial de engajamento econômico. Para Ayrin, os sentimentos despertados por Leo são tão reais quanto os de um relacionamento humano. Apesar de reconhecer a natureza artificial da interação, ela afirma que o impacto em sua vida emocional é inegável.

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