O ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, comandante-em-chefe do PL — Valdemar Costa Neto é o subcomandante —, disse a aliado de Goiás que, no momento, movimenta três jogos.
O primeiro jogo é o que mais repete: ainda acredita que poderá ser candidato a presidente da República. Ele tem “fé” — é a palavra precisa — de que poderá disputar mandato em 2026, mesmo estando com os direitos políticos suspensos pelo Supremo Tribunal Federal.
O segundo jogo passa por Tarcísio de Freitas, do Republicanos. O problema é que o governador de São Paulo não quer ser candidato a presidente da República em 2026. Só quer disputar em 2030, depois de governar o Estado por mais de sete anos.
O jovem engenheiro até admite ser candidato a presidente, se a pressão de Bolsonaro for intensa. Mas, se puder convencer o aliado, vai postular a reeleição, que considera mais tranquila.
O vice de Tarcísio de Freitas seria o presidente nacional do pP, senador Ciro Nogueira, do pP, representante do Piauí. O bolsonarismo ressalva: o Piauí tem apenas 2,7 milhões de eleitores e o líder do Progressistas não tem uma influência muito forte no Nordeste (é mais ampla em Brasília do que no Nordeste).
O terceiro jogo de Bolsonaro passa pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado, do União Brasil. O ex-presidente é admirador do gestor goiano e um dos apóstolos de sua política de segurança pública.
Bolsonaro tem dito a interlocutores que Ronaldo Caiado é posicionado e não é integrante da direita por questões eleitorais, ou seja, devido às circunstâncias. Desde sua primeira disputa eleitoral, em 1989, quando foi candidato a presidente da República, seu discurso não mudou.
Se apoiar Ronaldo Caiado, Bolsonaro certamente indicará o vice — que pode ser Ratinho Júnior (PSD), governador do Paraná, ou Eduardo Bolsonaro, deputado federal licenciado.
Há quem acredite que o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, que trocou o PSDB pelo PSD, pode ser o vice de Ronaldo Caiado. Com o apoio de Gilberto Kassab e de Tarcísio de Freitas.
Porém, como todos os políticos de proa sabem, as decisões sobre alianças não sairão agora. As definições sairão apenas em 2026, depois de abril. O momento é, sobretudo, de manter as portas abertas, sobretudo de não arrombar portas abertas.
O que todo mundo tem notado é que Bolsonaro está mais moderado e ouvindo mais os aliados e quase-aliados. (E.F.B.)
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