BRT em Goiânia continua sem data para terminar

O BRT de Goiânia, iniciado em 2015, ainda não foi concluído conforme o planejado. O corredor exclusivo de ônibus, com quase 23 km de extensão, prometia ligar a capital de norte a sul, com 36 estações de embarque e seis terminais de integração. A velocidade esperada era de cerca de 26 km/h, visando reduzir o tempo de viagem em até 40%.

No entanto, as obras ainda estão em andamento, o que impede os passageiros de usufruir dos benefícios. O comércio também sofreu prejuízos devido à interdição de ruas, resultando na perda de clientes e até mesmo no fechamento de estabelecimentos.

O cronograma atual prevê a entrega de um trecho de quase 18 km em março, com os ônibus circulando a partir de julho. Os outros 5 km do projeto ainda estão em fase de licitação. O custo inicialmente estimado em R$ 242 milhões já ultrapassou os R$ 400 milhões devido a 17 aditivos no contrato, segundo informações da prefeitura.

Procurada pelo Jornal Opção, a Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Seinfra) disse que a data da inauguração está sendo definida ainda.

Paralisação

As obras do BRT foram interrompidas em 2017 devido a irregularidades detectadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) no processo de licitação para o trecho entre os terminais Isidória e Cruzeiro. Antes disso, o projeto já enfrentava lentidão, iniciado em 2013 com a licitação ocorrendo somente em 2014.

A retomada da obra ocorreu em 2018, após um novo cronograma ser estabelecido. A empresa responsável deveria ter concluído tudo até 2020, mas o não cumprimento do prazo resultou na rescisão do contrato e em um novo processo licitatório. Desde 2022, o prefeito Rogério assumiu a condução da obra, entregando três dos quatro grandes terminais. Nos últimos dois anos, houve mais avanço do que em gestões anteriores.

A chegada das obras ao Centro de Goiânia impactou a Praça Cívica desde julho de 2021, causando alterações no trânsito e na paisagem. A construção das estações foi autorizada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) somente em setembro do ano passado, possibilitando também a retirada das árvores pela Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma).

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