Mabel visita unidade de saúde durante madrugada e encontra problemas de escala de servidores e falta de insumos

O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB) visitou a Unidade de Pronto Atendimento da Chácara do Governador. Durante o auge da crise da saúde a unidade sofreu com falta de médicos, insumos e também com a falta de limpeza. Mabel estava acompanhado do secretário de Saúde, Luiz Pellizzer, e também do controlador-Geral do Município, Juliano Bezerra.

Mabel conversou com as pessoas que estavam sendo atendidas no momento da visita e a avaliação foi boa por tarde do atendimento prestado à população da região. Entre os problemas identificados, estão a falta de médicos, de remédios, além da falta de farmacêutico na unidade. Mabel fez questão de dizer que tem trabalhado arduamente para a solução destes problemas. Ele ainda fez questão de dizer que mantém seu compromisso de só receber seu salário depois que a pasta estiver regularizada.

Mabel destacou que vai acompanhar a pasta de perto. “A saúde de Goiânia vai mudar. Nossa equipe não descansa. Nossa meta é melhorar o atendimento médico”, diz. Mabel ainda afirmou que esse tipo de ação será constante. “Além de colocar remédio, melhorar a estrutura, teremos médicos trabalhando em todos os plantões”, destaca.

O controlador-geral do município, Juliano Bezerra reforçou que todas as irregularidades foram listadas e serão discutidas melhorias para serem replicadas nas outras unidades.

Crise na Saúde

A crise na saúde foi agravada na segunda quinzena de novembro quando seis pessoas morrem à espera de um leito de UTI. Problemas financeiros já impactavam gravemente os serviços prestados à população desde 2022. Os médicos terceirizados ficaram sem receber e a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc) chegou a paralisar os atendimentos nas maternidades Célia Câmara, Nascer Cidadão e Dona Íris. Além disso, havia problema na compra de medicamentos, falta de combustível e também de médicos para funcionamento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Os problemas só começaram a ser parcialmente resolvidos após a Justiça determinar a invervenção do Estado na saúde em Goiânia.

A intervenção estadual se deu devido a problemas estruturais, administrativos e financeiros no sistema de saúde municipal. A decisão foi tomada em 9 de dezembro de 2024, com o objetivo de reorganizar o sistema de saúde da capital até o final do ano. A crise na saúde pública de Goiânia também teve no seu auge a prisão do secretário de saúde, Wilson Pollara, ganhou repercussão nacional,

Um gabinete foi criado para enfrentar a crise de forma estruturada e rápida. Entre os objetivos principais, o secretário destacou:

1. Reduzir as mortes de pacientes que aguardam vagas na UTI;

2. Evitar a judicialização, que muitas vezes indica atraso na resposta aos problemas;

3. Garantir que nenhum paciente espere mais de 24 horas para ser internado em terapia intensiva.

“Se conseguimos reduzir o tempo de espera, conseguimos diminuir as mortes e as ações judiciais. Além disso, observamos uma queda significativa na taxa de mortalidade em unidades como as UPAs, CAIS e CIAMES”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Rasível dos Reis Santos Júnior.

O secretário enfatizou que, nesse período, foram captados no Hospital Ruy Azeredo mais 20 leitos para adultos; no Hospital das Clínicas, mais 16 leitos, sendo 10 para atender à pediatria e 6 para adultos; e no Hospital de Águas Lindas foram disponibilizados mais 40 leitos – 20 para adultos, 10 pediátricos e 10 neonatais.

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