Com 70% das obras concluídas, CORA deve ser inaugurado no primeiro semestre de 2025 e se tornar referência no tratamento oncológico

O Complexo Oncológico de Referência do Estado de Goiás (CORA), que promete ser referência no tratamento oncológico no Centro-Oeste, está com 70% de suas obras concluídas. O complexo de saúde foi lançado em fevereiro de 2023 e terá 148 leitos, capacidade para atendimento ambulatorial oncológico adulto e infantil, serviços de diagnóstico, salas para infusão de medicamentos, centros de reabilitação e quimioterapia, alojamento, serviços de apoio e pronto atendimento com funcionamento 24 horas, além de leitos de UTI.

O primeiro hospital público destinado exclusivamente para o tratamento do câncer em Goiás, o CORA segue os moldes do Hospital do Amor, de Barretos, em São Paulo. A intenção é atender padrões internacionais de medicina já aplicados no hospital de Barretos, que é considerado o maior hospital do câncer do país.

No momento, a obra está na fase de instalação da Ala Pediátrica. Já foram investidos cerca de R$ 63.241.779,56 para compra de equipamentos para a ala. Após a finalização da obra, Goiás passará a realizar 7.200 cirurgias oncológicas por ano, sendo 600 por mês. Além disso, o número de consultas do tipo aumentará para 13,5 mil por mês, com 600 internações no período.

Ao Jornal Opção, o secretário de Saúde de Goiás, Rasível Santos, afirmou que o Complexo será uma versão “melhorada” do Hospital do Amor de Barretos, seguindo o projeto do Hospital Saint Jude, nos Estados Unidos, referência mundial no tratamento do câncer. “Teremos a mesma arquitetura do Hospital do Amor. Estamos finalizando a fase de construção da ala de tratamento infanto-juvenil, que terá tecnologias avançadas e inovadoras. Por exemplo, cirurgia robótica; ressonância nuclear magnética dentro do centro cirúrgico, o que possibilita fazer a ressonância sem tirar o paciente da mesa”, explicou.

“Teremos a ala de transplante de medula óssea, que é uma subespecialidade da oncopediatria com 11 leitos para fazer o cuidado com a criança. Em todo o hospital teremos ar filtrado, tornando a unidade de saúde uma ‘bolha’. Isso faz com que a criança possa ficar mais livre pelo hospital, protegida de vírus, bactérias e infecções. Assim, as crianças podem transitar na unidade, ir para a brinquedoteca, ficar com a família, o que é importante para o tratamento pois a criança não encara o câncer como um adulto e se ter distrações é essencial para um tratamento bem sucedido”, continuou.

De acordo com Rasível, a unidade de saúde deverá absorver, em pouco tempo, grande parte da demanda de atendimentos oncológicos do Estado. Além disso, pacientes do Centro-Oeste e do Norte do Brasil também deverão vir à Goiás para fazer o tratamento. “Hoje essas pessoas estão indo para Barretos ou para o Hospital do Câncer de Brasília, inclusive nossas crianças. Com o Cora, essas pessoas poderão fazer o tratamento em Goiânia. Então Goiás poderá atender não só nossas crianças, mas crianças de outros Estados. Teremos casas de apoio para acolher as famílias das crianças que estão em tratamento, pois isso é algo extremamente importante”.

“Como o tratamento do câncer é algo longo, muitas vezes as famílias acabavam e não voltavam a se unir. Isso é uma questão de extrema importância pois com a tecnologia conseguimos não só matar a célula doente com câncer mas preservar todas as outras células saudáveis, inclusive a célula familiar”.

O secretário explicou, também, que, a princípio, o CORA atenderá a demanda de câncer infanto-juvenil. “Teremos capacidade de cuidar de todas as crianças de Goiás e atender a demanda de outros estados. Temos hospitais como o Hospital das Clínicas da UFG e o Araúujo Jorge que já fazem parte desse tratamento, mas teremos um local especializado. A tendência é que com o tempo conseguiremos absorver toda a demanda de tratamento, diagnóstico, cuidado as cirurgias oncológicas”.

Pesquisa

Um ponto importante para o tratamento e cura do câncer são pesquisas cientificas especializadas, que contribuem para o avanço tanto da tecnologia quanto da ciência. Segundo Rasível, o CORA será uma fonte de ensino, pesquisa e educação. “Isso acontecerá não apenas para o hospital, mas para comunidade e para outros hospitais. Para que conseguimos avançar no cuidado do câncer é preciso que trate toda a linha de cuidado, começando pela prevenção”, diz.

“A parte do diagnóstico precoce é o que mais faz avançar os resultados da cura da doença. Então precisamos treinar, capacitar, levar a educação continuada para atenção primária, para o centro especialidade, para que as pessoas que suspeitem de câncer infanto-juvenil possam fazer o diagnóstico da forma mais precoce possível. Quando isso acontece, a cura pode vi com menos complicações”, explicou.

Outro ponto citado pelo secretário são as publicações que, segundo ele “terá uma área toda para trabalhar isso. Melhorando toda a assistência em Goiás e da região. Isso será feito com treinamentos, publicação de pesquisas, residência médicas entre outras coisas que são muito importantes”, completou.

Dados do CORA

  • Serão 148 leitos;
  • capacidade para atendimento ambulatorial oncológico adulto e infantil;
  • serviços de diagnóstico;
  • salas para infusão de medicamentos;
  • centros de reabilitação e quimioterapia;
  • serviços de apoio e pronto atendimento com funcionamento 24 horas;
  • além de leitos de UTI.
  • 7,2 mil cirurgias oncológicas por ano
  • 600 cirurgias; 13,5 mil consultas e 600 internações em média por mês

Leia também

Goiás busca se tornar referência nacional no tratamento de câncer

O post Com 70% das obras concluídas, CORA deve ser inaugurado no primeiro semestre de 2025 e se tornar referência no tratamento oncológico apareceu primeiro em Jornal Opção.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.