Confira os sintomas, tratamento e como prevenir do norovírus, responsável pelo surto de virose em São Paulo

Foi confirmada na quarta-feira, 8, a presença de norovírus em amostras fecais coletadas na Baixada Santista. Este vírus, amplamente conhecido por provocar surtos de gastroenterite, é altamente contagioso, especialmente em locais com grande concentração de pessoas, como praias durante o verão.

Não por acaso, a detecção aconteceu em uma região com elevado fluxo de turistas, favorecendo a disseminação. O norovírus causa gastroenterite, uma inflamação do sistema digestivo que gera sintomas como vômito, diarreia intensa e dores abdominais.

Sua transmissão ocorre principalmente por meio do consumo de água ou alimentos contaminados, além do contato com superfícies infectadas. Por isso, ele se espalha rapidamente em ambientes compartilhados, como casas, escolas e áreas de lazer.

Nos Estados Unidos, é a principal causa de infecções alimentares, sendo responsável por 58% dos casos, segundo os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). Os sintomas do norovírus aparecem de forma súbita, geralmente no mesmo dia em que a pessoa entra em contato com o agente infeccioso.

Entre os sinais mais comuns estão diarreia líquida, vômitos, náusea, dores abdominais e, em alguns casos, febre baixa e dores musculares. Esses sintomas duram, em média, de 3 a 7 dias, sendo mais intensos nas primeiras 48 horas.

Grupos vulneráveis, como crianças, idosos e pessoas com dificuldade em repor líquidos, estão mais suscetíveis à desidratação, que pode agravar o quadro. O tratamento para a infecção por norovírus é simples, mas crucial.

Como se trata de uma doença autolimitada, o foco está na hidratação e no repouso. Beber bastante água ou soluções de reidratação oral é essencial para evitar complicações.

Não há medicamentos específicos para combater o vírus, e antibióticos não funcionam, pois são eficazes apenas contra bactérias. A recuperação completa costuma ocorrer em poucos dias, mas em casos de agravamento, especialmente entre os mais vulneráveis, é necessário buscar atendimento médico.

A prevenção é a melhor forma de evitar a infecção por norovírus e outras viroses gastrointestinais. Lavar as mãos frequentemente com água e sabão, especialmente antes das refeições e após usar o banheiro, é fundamental.

Também é importante higienizar bem os alimentos crus, consumir água filtrada ou fervida e evitar aglomerações em períodos de alta temporada em locais litorâneos. Além disso, cuidados simples, como fechar a tampa do vaso sanitário ao dar descarga e usar máscaras ao trocar fraldas de bebês com diarreia, ajudam a reduzir o risco de transmissão.

Durante o verão, é essencial redobrar a atenção com doenças virais, como dengue, chikungunya e zika, que também se proliferam devido ao calor e às chuvas intensas. No caso de sintomas gastrointestinais, o ideal é iniciar a hidratação e medicação leve para febre ou náuseas nos primeiros sinais e procurar atendimento médico se o quadro não melhorar em até três dias ou se piorar.

A água contaminada pode ainda causar outras doenças graves, como hepatite A e leptospirose, tornando indispensável o consumo de água tratada e a atenção redobrada à higiene.

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