Saiba quem são Juca e Mel, o novo casal do Zoológico de Goiânia

Quando Mel deu seus primeiros passos no recinto definitivo do Parque Zoológico de Goiânia, seus olhos captaram o espaço ao seu redor. Apesar da leve dificuldade causada pela pata traseira lesionada e parcialmente amputada, ela logo parecia confortável. Juca, por sua vez, explorou os arredores mais livremente. Juntos, o casal de raposas-do-campo, conhecidas também como raposinhas, conquistou rapidamente a atenção dos funcionários do zoológico e está prestes a conquistar o público.

Esses dois representantes do Cerrado chegaram em novembro do ano passado, enviados pelo Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) de Catalão, Goiás. Agora, após semanas de adaptação e acompanhamento cuidadoso, Juca e Mel estão prontos para receberem visitas.

A chegada das raposinhas ao Zoológico de Goiânia não foi simplesmente mais uma adição ao plantel de 411 animais do parque. Pelo contrário, o espaço foi preparado para atender às necessidades desses animais, que, apesar de sua aparência graciosa, enfrentam desafios na natureza.

“Eles estão bem, se alimentam normalmente e continuaram assim quando os levamos para o recinto novo”, afirma Jamile França, médica veterinária e supervisora geral do zoológico. O cuidado da equipe incluiu um período de quarentena, essencial para garantir a saúde de Juca e Mel e evitar quaisquer riscos ao ecossistema do parque.

Agora, a principal tarefa dos profissionais é observar como eles reagem à presença humana. Embora estejam em um ambiente controlado, o contato com visitantes ainda é uma novidade para os dois.

casal de raposas do campo, novos moradores do Zoológico, em seu novo recinto | Foto: Fotos: Jordanna Maria da Serra Santos

Conservação: uma missão contínua

Além de apresentarem as raposinhas ao público, o Zoológico de Goiânia tem como objetivo contribuir para a conservação dessa espécie. Vulgarmente conhecidas como raposas-do-campo, elas têm papel importante no equilíbrio do ecossistema do Cerrado, mas enfrentam crescentes ameaças. Na classificação de risco de extinção, estão categorizadas como “vulneráveis”.

“Eles foram pareados e a intenção é de que eles se reproduzam aqui para a conservação dessa espécie tão importante para o nosso Cerrado”, explica Jamile. O histórico de saúde de ambos é promissor: mesmo com a limitação física de Mel, o casal tem boas chances de reproduzir e ampliar o grupo dessa espécie em cativeiro, fortalecendo os esforços para preservar suas características genéticas e contribuir para futuros programas de reintrodução na natureza.

O momento ideal para o público conhecer Juca e Mel

A decisão de colocar Juca e Mel no recinto para visitação na semana de volta às aulas reflete um planejamento estratégico do parque. Neste período, o movimento de visitantes diminui para uma média de 500 a 1.000 pessoas por dia, uma mudança considerável em relação aos períodos de férias e aos finais de semana, quando o fluxo é muito maior.

Essa escolha garante um processo de adaptação menos estressante, tanto para os animais quanto para os funcionários, permitindo que todos observem como as raposinhas se comportam diante da curiosidade dos visitantes.

Novos habitantes estão a caminho

Enquanto Juca e Mel desfrutam de seu novo lar, o zoológico se prepara para aumentar ainda mais a diversidade de sua fauna. Um casal de papagaios-campeiros e uma jiboia estão prestes a chegar, enviados pelo Cetas de Goiânia. Além disso, uma parceria com o Zoológico de Brasília está em andamento para trazer outros animais.

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