Arrecadação Federal cresce 9,6% em 2024 e chega a R$ 2,65 trilhões

Em 2024, a arrecadação federal bateu um recorde histórico, alcançando R$ 2,65 trilhões. Esse valor, corrigido pela inflação, corresponde a R$ 2,7 trilhões, representando um crescimento de 9,6% em relação ao ano anterior. Os dados são da Receita Federal e refletem tanto a recuperação econômica quanto as mudanças nas políticas fiscais adotadas pelo governo.

O aumento da arrecadação é impulsionado principalmente pelo crescimento da economia brasileira, que foi estimado em 3,5% pelo mercado financeiro. Além disso, o governo implementou medidas fiscais que contribuíram para esse resultado positivo, como o aumento de impostos e mudanças na tributação.

Entre as principais ações, destacam-se a tributação de fundos exclusivos, a atualização do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) sobre investimentos no exterior e o aumento de impostos sobre combustíveis, mantido durante todo o ano de 2024.

A tributação de fundos exclusivos, voltada para grandes fortunas, gerou um incremento de R$ 13 bilhões na arrecadação. Já a revisão da tributação sobre “offshores” trouxe R$ 7,67 bilhões adicionais. Para o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, essas medidas buscam garantir maior justiça fiscal. “Estamos trazendo para a tributação aqueles que antes não contribuíam adequadamente, como os fundos fechados e os investimentos no exterior”, afirmou.

Além das alterações na carga tributária, ações de fiscalização também desempenharam papel importante no aumento da arrecadação. A Receita Federal registrou R$ 18 bilhões provenientes de ações de conformidade, que incluem auditorias e orientações para garantir que os tributos sejam pagos corretamente. Essas ações, somadas ao crescimento econômico, resultaram em uma recuperação significativa das receitas públicas.

No cenário fiscal, a alta arrecadação ajudou o governo a alcançar suas metas fiscais. Embora o balanço final das contas públicas de 2024 ainda não tenha sido divulgado, a meta permite um déficit de até R$ 28,75 bilhões, sem descumprimento das metas fiscais. Também foram excluídos desse cálculo gastos extraordinários, como os destinados ao enfrentamento de enchentes e incêndios, somando mais de R$ 40 bilhões.

Portanto, com a combinação de um cenário econômico favorável, medidas fiscais estratégicas e controle das contas públicas, o governo conseguiu não apenas alcançar a meta de arrecadação, mas também dar passos importantes para equilibrar as finanças públicas em 2024.

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