Críticas internas no IBGE se intensificam e Transparência Internacional pede independência

A Transparência Internacional Brasil fez um alerta sobre os riscos à credibilidade do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) devido à gestão de Marcio Pochmann. A organização manifestou preocupação com a possibilidade de o atual presidente do IBGE comprometer a reputação da instituição, que é considerada fundamental para a produção e transparência de dados vitais para o país.

A crítica da Transparência Internacional ocorreu no mesmo dia em que 289 servidores do IBGE, ocupantes de cargos de chefia, divulgaram uma carta aberta protestando contra a gestão de Pochmann.

A ONG destacou a importância do IBGE como uma instituição de referência internacional no que diz respeito à produção de dados e informações essenciais sobre o Brasil. Em postagem nas redes sociais, a Transparência Internacional pediu que os funcionários do IBGE resistam à politização do instituto e que a sociedade, bem como outras instituições, se unam em defesa da integridade do órgão. A organização também compartilhou uma reportagem da jornalista Malu Gaspar, que detalha as acusações feitas contra Pochmann na carta dos servidores.

Segundo a coluna de Malu Gaspar, os servidores acusam Pochmann de usar a presidência do IBGE para fins pessoais e políticos, desviando-se da missão do instituto de produzir estatísticas confiáveis. O documento também aponta que o presidente tem utilizado as redes sociais do IBGE para divulgar notícias relacionadas a suas próprias ações, promovendo turnês pelo país que se associam a eventos de divulgação de dados, mas que são vistas como uma tentativa de promover sua imagem pessoal.

Além disso, os servidores afirmam que Pochmann mantém um círculo restrito de colaboradores externos e evita se comunicar com a imprensa de forma aberta, preferindo falar com jornalistas estrangeiros ou veículos de comunicação escolhidos sem transparência.

A carta dos servidores do IBGE é a terceira manifestação pública contra a gestão de Pochmann. Anteriormente, quatro diretores escolhidos por ele pediram demissão, citando divergências quanto aos rumos do instituto. Esses pedidos de saída aumentaram as tensões dentro da instituição, refletindo as críticas à gestão de Pochmann e suas práticas de comunicação e liderança.

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