China enquadra EUA de Trump: complexo militar maior do que o Pentágono e tecnologia avançada (DeepSeek)

A China quer ganhar dinheiro e se tornar o país mais rico e poderoso do mundo, que, no futuro, será menos americano e mais chinês. Seria a vitória do comunismo — ou capitalismo de Estado ou socialismo de mercado — contra o capitalismo.

Ao contrário da Alemanha, entre as décadas de 1930 e 1940, a China planeja se tornar hegemônica sem ir à guerra. Quer paz.

Entretanto, como sabem que a busca pela hegemonia — a vitória pela economia — incomoda e pode gerar uma guerra, os chineses, que são espertíssimos, estão se preparando para duas batalhas.

A primeira é a tecnológica. A China só terá condições de superar os Estados Unidos se vencer a luta pela tecnologia mais moderna, eficiente e produtiva. No momento, o país do presidente Donald Trump é imbatível. Porque tem as melhores universidades e empresas de tecnologia globais.

Há a possibilidade de uma guerra com armas. Por isso a China está se armando — não quer ser pega de surpresa — e mantém aliados “nucleares”, como a Rússia de Vladimir Putin.

No excelente livro “A caminho da guerra — Os Estados Unidos e a China Conseguirão Escapar da Armadilha de Tucídides?” (Intrínseca, 482 páginas, tradução de Cássio de Arantes Leite), o professor de Harvard Graham Allison estuda 16 casos de confrontos entre potências hegemônicas e emergentes. Deles só quatro não terminaram em guerra de destruição.

China e Estados Unidos, agora sob o comando do beligerante Trump, irão à guerra? É possível. Graham Allison aponta caminhos para evitar a batalha que, se nuclear e dependendo da escala, pode destruir o mundo. A próxima luta, como disse Albert Einstein, se dará com pedras. Se continuar existindo indivíduos para jogá-las.

Na semana passada, uma notícia, divulgada pelo “Financial Times”, não alcançou a repercussão devida. Todos nós estávamos de olho na questão da inteligência artificial chinesa, que avançou e está superando, em parte, à americana.

O complexo militar que a China está construindo | Foto: Reprodução

A China está construindo um complexo militar dez vezes maior do que o Pentágono. Será o maior do mundo. Trata-se, frisa o “Financial Times”, de “um centro de comando em tempos de guerra”.

O complexo militar está sendo construído, desde 2024, numa área de cerca de 6,07 quilômetros quadrados e fica a sudoeste de Pequim.

Experts em assuntos militares sugerem que, como há grandes buracos no complexo, os chineses estariam construindo bunkers blindados com o objetivo de proteger seus líderes militares, em caso de uma guerra, inclusive a nuclear.

“Se confirmado , esse novo bunker de comando subterrâneo avançado para a liderança militar (…) sinaliza a intenção de Pequim de construir não apenas uma força convencional de classe mundial, mas também uma capacidade avançada de combate nuclear”, afirma Dennis Wilder, ex-chefe de análise militar a respeito da China na CIA.

O jornal britânico informa que o presidente da China, Xi Jinping , deu ordens para o Exército de Libertação Popular se preparar para, do complexo militar, atacar Taiwan. Não é para atacar agora, mas é para estar preparado para qualquer eventualidade.

China desafia e supera EUA em inteligência artificial

No espectro tecnológico, a China mandou outro recado duro para os Estados Unidos. O país está avançando num campo em que o país de Trump trafegava, se não sozinho, com mais desenvoltura: o da inteligência artificial.

Abre-se um breve parêntese. No capitalismo tudo custa muito caro, em termos de desenvolvimento tecnológico, porque se trata de uma economia especulativa. Como as big techs estão na bolsa, no mercado de ações, tudo é inflacionado. O valor das empresas, geralmente irreal, é puro papel, quer dizer, é especulativo. Então, os valores são astronômicos.

Contrariando a irrealidade cotidiana dos valores capitalistas, a empresa chinesa DeepSeek pôs em circulação o chatbot DeepSeek -V3, a um custo de 6 milhões de dólares. Muito abaixo dos valores usados para criar o ChatGPT, da OpenAI.

Barato e eficaz, o DeepSeek-V3 superou o ChatGPT e o Gemini, do Google. De imediato, as ações de algumas big techs, como Nvidia, fabricante de chips, e Oracle, empresa de software, amargaram perdas de 20 bilhões de dólares.

Trump e as estrelas das big techs assustaram-se. Primeiro, porque a China provou que pode desenvolver tecnologia competitiva, ou seja, chegando a superar a americana. E logo quando o presidente dos Steites anunciou um pacotão de meio trilhão de dólares, o Stargate, de investimento em alta tecnologia.

Segundo, fica implícito que, com boas universidades, a China pode apresentar, em breve, novas surpresas. Os americanos estão boquiabertos.

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