Marinha investiga pagamento de propina a integrantes do Comando

A Marinha abriu Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar a suspeita de pagamentos de propina a integrantes do Comando da Força. A investigação foi aberta no dia 22 de janeiro, dias após a imprensa divulgar um saque de R$ 345 mil dentro da Base Naval de Niterói, no Rio de Janeiro, flagrado pela Polícia Federal em 2024.

A PF notificou o Ministério Público Militar, que solicitou a abertura de inquérito pela Marinha em 8 de janeiro. O pedido tem como base informações coletadas pela PF sobre o saque, realizado pelo empresário André Martinez, de dentro de uma agência do Banco do Brasil na Base Naval. A informação foi divulgada pelo portal Metrópoles.

Agora, a investigação deve apurar supostas irregularidades que podem configurar um crime militar. O objetivo é reunir os elementos necessários que possibilitem o Ministério Público a oferecer uma denúncia ou arquivar o caso.

Em outubro de 2024, a PF recebeu denúncia anônima de que o dinheiro sacado por Martinez seria para “algum membro do Comando da Marinha, a fim de que este praticasse ato de ofício”. Ao flagrar o saque, a PF tomou depoimento e apreendeu o celular do empresário.

Martinez é dono da Transuniversal Pinturas, que tem contratos com o Comando da Marinha. A empresa recebeu, desde 2011, cerca de R$ 120 milhões da Força. A empresa também tem contratos com o Arsenal da Marinha e a Empresa Gerencial de Projetos Navais (Emgepron).

A Marinha afirmou, em nota, que não se manifesta sobre investigações em curso. “Reitera seu compromisso com a sociedade brasileira e reafirma que pauta sua conduta pela fiel observância da legislação, valores éticos e transparência”.

Ao Metrópoles, André Martinez que os valores sacados naquela ocasião seriam utilizados para o “pagamento de funcionários da empresa”. Ele afirmou que o procedimento sempre foi utilizado na empresa uma vez que muitos funcionários não possuem conta bancária ou outra forma de receber os valores.

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