Aumento de profissionais de saúde melhora saúde em Terra Indígena Yanomami

O número de profissionais de saúde atuando na Terra Indígena Yanomami, em Roraima, quase triplicou em dois anos de emergência sanitária, segundo levantamento do portal g1. Desde janeiro de 2023, a região enfrenta uma crise de saúde pública devido ao avanço do garimpo ilegal, que agravou casos de desnutrição e malária entre os indígenas.

Atualmente, a Terra Yanomami conta com 1.757 servidores, um aumento de 154% em relação aos 690 profissionais que atuavam no território quando o governo federal reconheceu a crise e intensificou as ações de saúde e combate ao garimpo ilegal.

Entre os novos contratados, a maioria (365) são técnicos em enfermagem, seguidos por 127 enfermeiros, 49 médicos e 36 nutricionistas, além de profissionais de outras áreas, como antropólogos.

Mônica Yanomami, liderança da comunidade Haxiú, afirmou que a situação na região melhorou significativamente. “Não há mais lágrimas na comunidade”, declarou.

O presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Ye’kuana (Condisi-YY), Júnior Hekuari, avaliou a reestruturação como positiva para os indígenas. Ele também preside a associação Urihi, que atua na região do Surucucu, onde há 61 comunidades.

Segundo Hekuari, a presença ampliada de profissionais resultou na redução das mortes infantis por malária e desnutrição. “Não se vê mais crianças morrendo como antes. Agora é o momento de realinhar a vida que os Yanomami perderam durante cinco anos”, afirmou.

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