Instagram aplica ‘modo adolescente’ no Brasil e altera regras para usuários menores de 18 anos  

A partir desta terça-feira, 11, o Instagram começa a implementar automaticamente uma série de restrições para usuários com menos de 18 anos no Brasil. As novas medidas incluem a configuração de contas como privadas por padrão, o bloqueio de mensagens de desconhecidos e a limitação de interações públicas. A iniciativa faz parte de um esforço da Meta, empresa responsável pelo Instagram, para atender a demandas por maior proteção no ambiente digital.

Com as mudanças, perfis de adolescentes passarão a ser privados automaticamente, o que significa que apenas seguidores aprovados poderão visualizar ou interagir com o conteúdo compartilhado. Além disso, as notificações do aplicativo serão silenciadas entre 22h e 7h, buscando limitar o uso excessivo da plataforma durante o período noturno. O novo conjunto de regras também restringe a troca de mensagens: agora, adolescentes só poderão receber mensagens diretas de pessoas que já seguem ou com quem estejam conectados.

Essas alterações, batizadas de “Conta de Adolescente”, foram inicialmente introduzidas nos Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, Austrália e União Europeia. Agora, o Brasil, um dos principais mercados do Instagram no mundo, e a Índia passam a integrar a lista de países com as novas restrições ativas. De acordo com a Meta, a implementação completa no Brasil ocorrerá gradualmente nas próximas semanas.

Além das limitações de interação, adolescentes com menos de 16 anos precisarão da autorização dos pais para alterar as configurações de privacidade. Essa medida tem como objetivo dar mais controle às famílias sobre o uso das redes sociais por menores de idade, uma preocupação crescente em todo o mundo. O Instagram também aplicará filtros mais rigorosos para conteúdos considerados sensíveis. Postagens que abordam temas como violência, procedimentos estéticos invasivos, transtornos alimentares e dismorfia corporal terão visibilidade reduzida para esse público. A Meta afirma que essas ações são uma resposta direta às preocupações sobre o impacto das redes sociais na saúde mental de adolescentes.

As mudanças chegam após uma série de críticas e processos judiciais enfrentados pela empresa. Em 2024, investigações e estudos destacaram os efeitos negativos do uso excessivo das redes sociais entre jovens, incluindo aumento de ansiedade, depressão e problemas de autoestima. O Instagram, em particular, foi apontado como uma das plataformas que mais afetam a imagem corporal e o bem-estar psicológico dos adolescentes.

“Estamos pleiteando em todo o mundo que a legislação sobre segurança on-line para adolescentes inclua dispositivos que estabeleçam a verificação de idade e a aprovação dos pais em nível de sistema operacional/loja de aplicativos”, declarou a Meta em comunicado oficial. “Ao fazer isso, os legisladores ajudariam a criar um padrão consistente em todos os aplicativos.”

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