Lula indica Verônica Sternan para compor o Superior Tribunal Militar 

Neste sábado, 8, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) escolheu a advogada Verônica Abdalla Sterman para compor o Superior Tribunal Militar (STM). A decisão amplia a presença feminina no órgão, que atualmente conta apenas com Maria Elizabeth Rocha, presidente do tribunal, que também foi nomeada pelo próprio Lula em 2007.

A atual presidente do STM já havia demonstrado preocupação com a falta de representatividade feminina na Corte, destacando que, por ser a única mulher no grupo, muitas vezes suas considerações não recebem a devida atenção. Ela defende publicamente que a diversidade no tribunal é essencial para um debate mais equilibrado, especialmente em pautas relacionadas a questões de gênero, e vê a chegada de uma nova ministra como um avanço nesse sentido.

Verônica Sterman

Com uma trajetória consolidada no meio jurídico, Verônica Abdalla Sterman é sócia e proprietária de um escritório de advocacia especializado em Direito Penal e Direito Penal Empresarial. Formada pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), ela complementou sua formação com uma especialização na Fundação Getulio Vargas (FGV) e um mestrado em Direito Processual Penal pela Universidade de São Paulo (USP).

Antes de ser indicada ao STM, Sterman já havia sido cotada para uma posição de destaque no Judiciário. Seu nome figurou na lista tríplice para a vaga do Quinto Constitucional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Tribunal Regional Federal da 3ª Região, que abrange São Paulo e Mato Grosso do Sul. Na ocasião, porém, Lula optou por Marcos Moreira de Carvalho, que se tornou desembargador em setembro de 2024.

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Agora, sua nomeação para o STM depende de uma etapa decisiva: a sabatina e aprovação pelo Senado Federal. Caso seja confirmada, assumirá a cadeira destinada à advocacia, sucedendo o ministro José Coêlho Ferreira, cuja aposentadoria está prevista para 10 de abril de 2025.

Representatividade 

Ao longo de seus mandatos, Lula da Silva indicou cinco mulheres no Judiciário brasileiro. Em junho de 2006, Cármen Lúcia tomou posse como ministra do Supremo por indicação de Lula. Para o STJ, o petista já indicou quatro magistradas:  Maria Thereza de Assis, em 2006, Isabel Gallotti, em 2010,  Assusete Magalhães, em 2013 e Daniela Teixeira, em 2013. 

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