Na China, a inflação cai e o consumo interno cresce, aumentando demanda sobre agro brasileiro

O índice de preços ao consumidor da China caiu em fevereiro no ritmo mais acentuado em 13 meses. A deflação dos preços ao produtor continuou, já que a demanda sazonal diminui e as famílias continuam cautelosas com gastos em meio a preocupações com emprego e renda. Os dados foram divulgados na manhã deste domingo, 9, pelo Dow Jones Newswires.

O índice caiu 0,7% em fevereiro em comparação com o mesmo período do ano passado. A expectativa do mercado chinês era de uma queda de 0,5%. Os preços dos alimentos caíram 3,3% em relação a fevereiro de 2024, já os preços dos itens não alimentícios caíram 0,1%.

Outro indicador levado em consideração, o Índice de Preços ao Produtor (PPI) caiu 2,2% em fevereiro sobre o mesmo mês de 2024, número superior a baixa de 2,1% esperada pelo mercado. No acumulado do primeiro bimestre, o PPI baixou 2,2% em comparação com o mesmo período do ano passado.

Na última semana, o governo da China prometeu esforços para impulsionar o consumo diante da escalada da guerra comercial com os Estados Unidos. O gigante asiático irá impor uma tarifa retaliatória de 15% sobre carne de frango, trigo, milho e algodão dos Estados Unidos, e uma taxa extra de 10% sobre soja, sorgo, carne suína e carne bovina, entre outros produtos agropecuários norte-americanos, a partir de 10 de março.

Especialistas avaliam que as pressões deflacionárias na segunda maior economia do mundo podem aumentar a demanda interna na China, que deverá demandar mais mercadorias do agronegócio brasileiro. Com a pressão, os preços desses bens pode sofrer um aumento no Brasil, que é o maior exportador global de soja, algodão e carnes bovina e de frango, com a China respondendo por grande parte das exportações brasileiras.

Leia também

Com tarifaço, Trump só empurra mais China para o Brasil

O post Na China, a inflação cai e o consumo interno cresce, aumentando demanda sobre agro brasileiro apareceu primeiro em Jornal Opção.