O secretário da Economia de Goiás, Sérvulo Freire, prestou contas nesta quarta-feira,19, à Assembleia Legislativa do Estado, apresentando os principais indicadores fiscais e orçamentários do governo estadual. Os números mostram um crescimento na arrecadação e no resultado primário, além do cumprimento dos limites de endividamento estabelecidos pelo Senado.
Durante a apresentação, Freire destacou que o resultado orçamentário do estado fechou em R$ 2,52 bilhões, representando uma redução de 1,71% em comparação ao período anterior. No entanto, o resultado primário — que mede a capacidade do governo de gerar superávit antes do pagamento de juros da dívida — teve um crescimento expressivo de 43,56%, chegando a R$ 2,20 bilhões. Já o resultado nominal, que inclui os juros da dívida, foi de R$ 1,05 bilhão, um aumento de 35,92%.
A Receita Corrente Líquida (RCL) do estado atingiu R$ 42,33 bilhões, um crescimento de 10,21%. Esse avanço na arrecadação refletiu em um aumento real das receitas realizadas de 5,35%, enquanto as despesas empenhadas cresceram 6,11% no mesmo período.
Dívida e previdência
A dívida consolidada do estado chegou a R$ 27,55 bilhões, um crescimento de 7,08%. Apesar desse aumento, a relação entre a dívida consolidada líquida e a Receita Corrente Líquida ficou em 24,32%, abaixo do limite estabelecido pela Resolução do Senado, o que indica uma melhora em relação ao ano passado.
Um dos principais desafios destacados pelo secretário foi o custo da previdência estadual. O valor repassado pelo Tesouro para cobrir o déficit previdenciário subiu para R$ 6,86 bilhões, impactando significativamente as contas públicas.
Emendas parlamentares e previsão para 2025
Freire também detalhou os valores destinados às emendas parlamentares em 2024. Foram direcionados R$ 108,2 milhões para a Educação, R$ 212 milhões para a Saúde e R$ 115 milhões para outras áreas, totalizando R$ 435,9 milhões. Para o próximo ano, a previsão é que esse valor suba para R$ 531,6 milhões, o que corresponde a R$ 12,9 milhões por deputado.
A prestação de contas faz parte do compromisso da Secretaria da Economia de garantir transparência na gestão fiscal e orçamentária do estado. O crescimento da arrecadação e a redução da relação dívida/RCL foram pontos positivos, mas o impacto da previdência segue como um dos principais desafios para o equilíbrio financeiro de Goiás.
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