Ministério Público Eleitoral denuncia vereador de Goiatuba por compra de votos

O Ministério Público Eleitoral em Goiatuba ofereceu denúncia contra o vereador de Goiatuba Maurílio Firmino, conhecido como Murilo do Verdurão, e outros dois colaboradores por compra de votos e oferta de transporte a diversos eleitores durante a eleição de 2024.

De acordo com o promotor eleitoral Pedro Henrique Silva Barbosa, autor da denúncia, com o fim de obter votos, o vereador ofereceu dinheiro e transporte a, ao menos, 14 eleitores para obter votos.

Já Elias José Pereira, também denunciado, seria o motorista de carro por aplicativo e teria colaborado na ação. O último denunciado, Gilnei Conde Borges, primo de Maurílio, teria prometido dinheiro e vantagens a eleitores.

De acordo com o promotor, a partir do que foi apurado em investigação, cabia a Elias José Pereira a função de cooptar os eleitores e pagar a eles a quantia de R$ 200,00 por voto. Ele teria recebido R$ 50,00 por cada eleitor cooptado.

“A excessiva gravidade dos fatos é manifesta, dado que cerceia a liberdade do eleitor (notadamente daquele mais necessitado), menosprezando o seu direito de escolha livre de seus representantes e, com isso, corrompendo a legitimidade e a normalidade do próprio processo eleitoral”, diz o promotor.

Segundo o promotor, ficou comprovado que o vereador venceu a eleição por meio da compra de votos. Murilo do Verdurão foi imputado 14 vezes pelos crimes de corrupção eleitoral; associação criminosa e transporte de eleitores.

O promotor explica que não ofereceu proposta de acordo de não persecução penal (ANPP) em favor dos denunciados por as penas imputadas ultrapassarem os limites legalmente estabelecidos. No caso dos beneficiários, o acordo foi proposto e aceito, evitando a denúncia.

Na ação, o Ministério Público Eleitoral pede:

• cassação do registro de candidatura de Maurílio Neto;
• decretação da inelegibilidade dos três denunciados pela prática de abuso de poder econômico;
• aplicação de multa

O Jornal Opção tentou contato com o vereador Murilo do Verdurão mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria. O espaço segue aberto para manifestações.

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