Daniel Alves é absolvido pela Justiça da Espanha e fica livre de acusações

A Justiça da Espanha absolveu, nesta sexta-feira, 28, o ex-jogador Daniel Alves da condenação por estupro. Em decisão unânime, o Tribunal Superior da Catalunha anulou a sentença que o havia condenado a 4 anos e 6 meses de prisão pelo crime ocorrido em uma discoteca de Barcelona, em dezembro de 2022.

Com a decisão, Daniel Alves, que estava preso desde janeiro de 2023, deixa de responder a qualquer acusação na Justiça espanhola. O ex-jogador ficou mais de um ano detido e, ao obter liberdade provisória no ano passado, pagou uma fiança de 1 milhão de euros.

Falta de confiabilidade no depoimento da vítima

Segundo a sentença, os juízes identificaram “imprecisões” e “déficits” na decisão anterior, concordando com o argumento da defesa de que houve “falta de confiabilidade do depoimento” da vítima durante o julgamento realizado em fevereiro de 2023.

“O acórdão hoje notificado indica que a decisão recorrida já se referia à falta de confiabilidade do depoimento da autora na parte do relato que podia ser objetivamente verificada por se referir a fatos registrados em vídeo, indicando expressamente que o que relata não corresponde à realidade”, destaca o documento.

No entanto, a Justiça enfatiza que a decisão não implica necessariamente que a versão de Daniel Alves seja verdadeira. Os magistrados afirmam apenas que as inconsistências no depoimento da vítima impedem que a acusação seja considerada comprovada.

Rejeição de pedido para aumento da pena

Os juízes também negaram um recurso da Promotoria de Barcelona, que pedia o aumento da pena de 4 anos e 6 meses para 9 anos, assim como o recurso da acusação particular, que requeria pena de 12 anos sem direito a fiança.

A vítima, uma jovem espanhola, afirmou que foi estuprada por Daniel Alves dentro do banheiro da área VIP da boate. Exames de corpo de delito confirmaram a presença de sêmem e testemunhas relataram que ela saiu do local chorando e visivelmente abalada.

Com a absolvição, o tribunal revogou todas as medidas cautelares e declarou ex officio as custas processuais.

Até o momento, os advogados da vítima não se pronunciaram sobre a decisão.

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