Lula empata na margem e erro com Bolsonaro no segundo turno das eleições de 2026, aponta Quaest

A pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quinta-feira, 3, aponta que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceria todos os candidatos de direita no segundo turno das eleições presidenciais em 2026. Lula mantém vantagem quatro pontos percentuais à frente do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está inelegível até 2030.

Em um possível novo confronto com Bolsonaro, semelhante ao segundo turno de 2022, Lula aparece com 44% das intenções de voto, enquanto o ex-presidente registra 40%. Indecisos somam 3%, e 13% dos entrevistados afirmam que pretendem votar em branco, nulo ou não comparecer às urnas.

O levantamento revela ainda que, apesar da vantagem sobre os demais adversários, o apoio a reeleição do presidente Lula (PT) diminuiu em relação ao último levantamento, feito em 2024. Segundo o levantamento, 62% dos brasileiros são contrata a candidatura em 2026, enquanto 35% apoiam que ele dispute um novo mandato. Os que não soubera ou não responderam são 3%.

A pesquisa foi realizada entre os dias 27 e 31 de março, com entrevistas presenciais feitas com 2.004 eleitores em 120 municípios. O índice de confiabilidade do levantamento é de 95%.

Cenários para 2026

• Lula x Michelle Bolsonaro
  Caso a adversária do petista seja a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), Lula teria os mesmos 44% das intenções de voto, enquanto Michelle aparece com 38%. Indecisos são 3%, e os que declararam voto em branco, nulo ou intenção de não comparecer somam 15%.
• Lula x Tarcísio de Freitas
• Se o candidato da direita for o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), Lula registra 43%, contra 37% do adversário. O número de indecisos chega a 4%, enquanto brancos e nulos representam 16%. Em comparação à pesquisa de janeiro, a vantagem de Lula sobre Tarcísio caiu de nove para seis pontos percentuais.
• Lula x Ratinho Júnior
• Contra o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), Lula tem sete pontos de vantagem, com 43% das intenções de voto, enquanto o paranaense soma 35%. Indecisos são 4%, e votos em branco e nulos atingem 19%.
• Lula x Pablo Marçal
• No cenário em que o adversário é o ex-coach Pablo Marçal (PRTB), Lula lidera com 44% contra 35% do influencer. Os que pretendem votar em branco ou nulo somam 17%, e 4% ainda estão indecisos.
• Lula x Eduardo Bolsonaro
• Caso o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, dispute a eleição, ele aparece com 34% das intenções de voto contra 45% de Lula. Indecisos são 4%, enquanto 17% dos entrevistados afirmam que votariam em branco, nulo ou se absteriam. Em comparação ao levantamento de janeiro, os números de ambos candidatos se mantiveram estáveis.
• Lula x Romeu Zema
• Se o adversário for o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), Lula teria 43% dos votos, contra 31% do mineiro, uma diferença de 12 pontos percentuais. Indecisos representam 5%, enquanto 21% disseram que anulariam o voto ou não iriam às urnas. Em relação à pesquisa anterior, Zema cresceu três pontos, enquanto Lula oscilou negativamente em dois.
• Lula x Ronaldo Caiado
  No cenário de disputa contra o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), Lula registra 44%, enquanto o goiano aparece com 30%. Esse confronto apresenta o maior índice de votos brancos, nulos ou de eleitores que planejam se abster, chegando a 22%. Indecisos somam 4%. Apesar da vantagem de 14 pontos, Lula tem mostrado queda progressiva nesse cenário: em dezembro, tinha 54%, em janeiro caiu para 45% e, agora, aparece com 44%. Já Caiado subiu de 20% para 26% na pesquisa anterior e agora marca 30%.
• Levantamento espontâneo
• A pesquisa também realizou um levantamento espontâneo, no qual os eleitores mencionam um nome sem acesso a uma lista prévia de candidatos. Nesse recorte, Lula foi citado por 9% dos entrevistados, enquanto Bolsonaro recebeu 7% das menções. O governador paulista, Tarcísio de Freitas, apareceu com 1%. Outros nove nomes foram mencionados, mas não atingiram 1% das citações. O percentual de indecisos é expressivo, chegando a 80%, enquanto 2% afirmaram que pretendem votar em branco ou nulo.

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