O Dia dos Povos Indígenas, comemorado neste 19 de abril, é um convite à escuta, à reflexão e à celebração da pluralidade das culturas originárias. Hoje, cada vez mais, artistas indígenas ocupam novos espaços de fala e criação, levando suas histórias, saberes e resistências para além dos territórios tradicionais, fortalecendo sua presença também nas artes visuais, no cinema, na literatura e, com força crescente, na música urbana.
É nesse contexto que o Brabas Festival, com realização do Ministério da Cultura e Instituto Cultural Vale, anuncia sua 2ª edição nos dias 5 e 6 de julho, no Centro Cultural Martim Cererê, em Goiânia. Com um line-up 100% feminino, o festival se consolida como um espaço de resistência, potência e afirmação de mulheres negras, indígenas e LGBTQIA+, valorizando a diversidade de vivências que compõem a cena cultural brasileira.
Neste ano, um dos momentos mais aguardados é a apresentação inédita da rapper Brisa Flow em Goiânia, no sábado, 5. Filha de uma mulher indígena do povo Mapuche, Brisa é cantora, compositora e produtora musical. Seu trabalho mistura rap, R&B e experimentações eletrônicas, com letras que abordam a ancestralidade, a identidade indígena urbana e a luta por reconhecimento e território – físico, simbólico e sonoro.
Com uma trajetória marcada por inovação e engajamento político, Brisa é referência nacional quando se fala em rap indígena. Em suas músicas, como no single mais recente “Rosas Brancas”, ela transforma vivências pessoais e coletivas em narrativas que provocam, sensibilizam e afirmam a presença indígena no presente e no futuro da arte.
A participação de Brisa Flow no Brabas Festival é mais do que uma estreia: é símbolo da força das múltiplas representações indígenas que hoje ecoam em palcos, fones de ouvido e corpos que dançam. É a prova viva de que a cultura indígena está em movimento, criando novas linguagens e reafirmando sua presença com orgulho, consciência e beleza.
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