Quem levar o PL ganha Bolsonaro e o bolsonarismo e pode ser eleito em Anápolis

Na eleição de 2022, Jair Bolsonaro (PL), candidato a presidente da República, recebeu 70,50% dos votos válidos dos eleitores de Anápolis. Lula da Silva obteve 29,41%.

Pode-se sugerir, portanto, que Anápolis é uma das cidades mais bolsonaristas de Goiás e do país. No município, o terceiro com maior eleitorado do Estado — ficando atrás apenas de Goiânia e de Aparecida de Goiânia —, a direita é muito forte, em parte devido à força dos evangélicos, que são decisivos.

Posto isto, fica mais fácil entender por que Márcio Corrêa (MDB) — o preferido do ex-deputado federal Major Vitor Hugo, o primeiro-amigo do ex-presidente Bolsonaro em Goiás — e Márcio Cândido (pupilo do prefeito Roberto Naves) disputam o apoio tanto de Bolsonaro quanto do PL.

No momento, o deputado estadual Antônio Gomide aparece em primeiro lugar nas pesquisas de intenção de voto — com larga margem de frente em relação ao segundo colocado, Márcio Corrêa. Entretanto, quem conhece a política de Anápolis alerta que o petista precisa pôr as barbas de molho. Porque o quadro pode revelar não que seja tão forte, e sim que a direita ainda não tem um candidato visível ao eleitorado. Definido o nome — ou nomes, sabe-se lá —, as posições podem mudar.

Dada a força de Bolsonaro — portanto, do bolsonarismo — em Anápolis, assim que o ex-presidente definir seu candidato na cidade, seja Márcio Cândido ou Márcio Corrêa, o quadro pré-eleitoral pode realmente mudar? Talvez.

O candidato do bolsonarismo será o candidato do governador Ronaldo Caiado e, também, do vice-governador Daniel Vilela? Talvez sim. Se for, será ainda mais forte. Um candidato com o apoio de Bolsonaro, Ronaldo Caiado e Daniel Vilela (que tem simpatia escancarada por Márcio Corrêa) certamente será muito forte e, por isso, vai polarizar com Antônio Gomide, com a possibilidade de superá-lo. A palavra a reter é possibilidade. Porque é preciso sublinhar que o petista será um candidato fortíssimo. Ele é visto como administrador eficiente e moderado. Para a opinião pública, tem pouco a ver com o PT. (E.F.B.)

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