O presidente Lula da Silva, do PT, e o senador Jorge Kajuru, do PSB, continuam de “calundu” um com o outro?
Qual nada. Os dois não são meninos e, por isso, brigam de manhã e estarão rindo, juntos, à tarde.
Procede que Lula da Silva anda mal-humorado, possivelmente devido à crescente impopularidade, e Kajuru não fica muito atrás.

Porém, como são pragmáticos e um precisa do outro, já fizeram as pazes. “Até a próxima briga”, diz um senador próximo do presidente e do político de Goiás.
Kajuru quer realmente sair da política para voltar ao jornalismo esportivo ou ao jornalismo político?
Paulista de Cajuru, São Paulo, o cidadão Jorge Kajuru Reis da Costa Nasser, de 64 anos, apaixonou-se pela política, no sentido de fazer o bem para os cidadãos, e não para articular negócios altamente lucrativos para garantir uma aposentadoria tranquila.
Na verdade, Kajuru é espartano e decente, o que incomoda senadores adictos dos negócios.
Lula da Silva aprova e até ri das diatribes de Kajuru, que, volta e meia, se apresenta rompido com o presidente da República.

Chapão das esquerdas pode não ter nome petista
Mas Lula tem um projeto político para Kajuru e envolve Brasília, quer dizer, o Distrito Federal.
Quase imbatível no Distrito Federal, o bolsonarismo vai bancar Celina Leão, do pP, para govenadora (é vice e vai assumir o governo daqui a nove meses e alguns dias — em 4 de abril de 2026), Michelle Bolsonaro e Ibaneis Rocha para senador.
Há a possibilidade de a chapa bolsonarista mudar seus quadros, com uma possível retirada de Ibaneis Rocha (o bolsonarismo desconfia de suas supostas ligações com ministros do Supremo), do MDB, e o acréscimo da deputada federal Bia Kicis (PL) ou do senador Izalci Lucas (PL)
Como não há favas contadas em política, Lula da Silva, um operador dos mais hábeis, pode montar uma chapa forte em Brasília, com a finalidade de tentar “conter” o bolsonarismo nas “barbas” do Palácio do Planalto.
O que Lula da Silva quer é, primeiro, “acuar” o bolsonarismo e, segundo, criar um palanque forte para a campanha da reeleição presidencial na capital da República.

No momento, a esquerda não tem nenhum nome forte — ao menos no PT — para montar um palanque consistente para Lula da Silva em Brasília.
Por isso, ao menos nos bastidores, em conversas reservadas, Lula da Silva vem sugerindo a montagem de uma chapa majoritária com Kajuru, Ricardo Capelli (ligado ao ministro Flávio Dino, do Supremo), do PSB, senadora Leila “do Vôlei” Barros, do PDT, e José Antônio Reguffe.
Quais as posições de Kajuru, Ricardo Capelli, Leila do Vôlei e Reguffe na chapa majoritária possivelmente articulada por Lula da Silva? Ainda não se sabe.
Ricardo Capelli está se colocando para a disputa de senador e, no momento, busca o confronto com Ibaneis Rocha, o quase-bolsonarista.
Kajuru ainda não se colocou na política de Brasília. Fala-se que pode ser candidato a reeleição ou a deputado federal em Goiás.
Leila do Vôlei é senadora e a tendência é que dispute a reeleição, mas comenta-se que pode ir a deputada federal. Reguffe tanto pode ir a senador quando a governador ou a deputado federal.
Há quem aposte que o candidato a governador, o bancado por Lula da Silva, será Kajuru ou Ricardo Capelli. Os dois têm discurso contundente e afiado e não receiam enfrentar o bolsonarismo nos planos dos ataques e contra-ataques pesados. São uma espécie de “xerifes” políticos.

Se o candidato a governador for Kajuru, o vice por ser Ricardo Capelli ou Leila do Vôlei. Se o candidato a governador for Ricardo Capelli, Kajuru poderá disputar mandato de senador. Há também quem aposte que Reguffe pode acabar sendo o candidato a governador com o apoio de Lula da Silva. Tem lógica? E a política tem lógica precisa?
Damares Alves ou Celina Leão para o governo
No campo adversário, há o comentário de que Jair Bolsonaro (PL) pode acabar lançando a senadora Damares Alves para governadora. Mas um bolsonarista disse ao Jornal Opção exatamente o contrário: “Michelle Bolsonaro e Damares Alves estão fechadas com Celina Leão e vão apoiá-la para governadora”.
O mesmo bolsonarista afirma que, tendo como aliado o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, o senador Izalci Lucas tenta cavar um espaço na chapa majoritária bolsonarista. Pode ser candidato tanto a senador quanto a governador.
O que pode reforçar o passe de Celina Leão é o fato de que representa a federação pP e União Brasil, o maior grupo político do país. Retirá-la do páreo é praticamente impossível. (E.F.B.)
O post Lula aposta em quarteto pra enfrentar bolsonarismo no Distrito Federal: Kajuru, Capelli, Flávia e Reguffe apareceu primeiro em Jornal Opção.