Eclipse solar total na América do Norte empolga cientista, entenda

Nesta segunda-feira, 8, toda a América do Norte está testemunhando o fascinante eclipse solar total. O fenômeno poderá ser visto por milhões de espectadores de Mazatlán, no México, até Terra Nova, no Canadá. O dia se transformará em uma breve noite, quando a Lua obscurece completamente o Sol. No entanto, não são apenas os observadores que aguardam ansiosamente este acontecimento, mas os cientistas se preparam para conduzir uma série de experimentos durante o evento.

Um eclipse solar ocorre em algum lugar da Terra a cada 18 meses. Essa peculiaridade que torna isso possível é a proporção entre o tamanho do Sol e da Lua, que permite que o satélite natural cubra totalmente o disco solar em um alinhamento perfeito com a Terra. Porém, o eclipse não será visível no Brasil.

A estimativa é que a escuridão dure até quatro minutos em certas áreas. Isso deve ser observado por cerca de 31 milhões de pessoas. O número é o dobro do registrado em agosto de 2017, quando o último eclipse ocorreu nos Estados Unidos. Nestes locais os cientistas planejam conduzir experimentos raros.

De acordo com a BBC News, um estudo liderado por Adam Hartstone-Rose, da Universidade Estadual da Carolina do Norte, observará o comportamento de animais selvagens durante o eclipse. Em 2017, as primeiras observações de girafas e tartarugas-gigantes de Galápagos revelaram reações surpreendentes no momento da escuridão temporária.

“Alguém havia informado que girafas selvagens na África começam a galopar durante um eclipse total. Eu realmente fiquei cético porque as girafas são animais muito passivos. Mas, apesar do meu ceticismo, algumas delas começaram a correr,” recorda Hartstone-Rose.

Na época, o comportamento que mais chamou a atenção da equipe foi das tartarugas-gigantes. “No pico da totalidade, elas começaram a se acasalar, o que não conseguimos explicar. Talvez fosse um evento único. Vamos observar mais tartarugas desta vez.”

Além disso, Trae Winter, do Laboratório de Pesquisas Avançadas sobre Inclusão e Acessibilidade na Ciência, Tecnologia, Engenharia, Arte e Matemática (Arisa), conduzirá o projeto da NASA “Paisagens Sonoras do Eclipse”. Ele vai utilizar áudio para captar as reações dos animais à mudança de luz e temperatura.

Perturbações atmosféricas

Enquanto alguns cientistas observam o comportamento animal, outros, como Aroh Barjatya, da Universidade Aeronáutica Embry-Riddle, lançarão foguetes para estudar as perturbações atmosféricas causadas pelo eclipse solar.

Além disso, Laura Peticolas, da Universidade Estadual de Sonoma, lidera o projeto “Megafilme do Eclipse”, que visa reunir uma grande quantidade de imagens para estudar detalhes da coroa solar.

“Os foguetes nos ajudam a observar em resolução de menos de um metro, às vezes de menos de um centímetro. Assim, você consegue observar o menor nível possível de flutuações, que interrompem as frequências de rádio,” enfatizou Barjatya.

Eclipse solar no Brasil

No Brasil, o último eclipse solar possível ser visto no Brasil aconteceu em outubro do ano passado. Foi possível admirar o fenômeno em uma faixa da região norte e nordeste do país. Já o último eclispe solar total aconteceu há 30 anos, em 1994, e o próximo ainda está distante de ocorre. Segundo previsões da plataforma The Sky Line, a estimativa é de um eclipse total no país ocorra em 12 de agosto de 2045, com seu auge previsto para as 16h19. Entretanto, será visível apenas em uma parcela específica do território brasileiro. Esses eventos são raros, geralmente limitados a uma faixa estreita de cerca de 360 quilômetros de extensão, e o próximo após este só é esperado para 2125.

Enquanto isso, os eclipses parciais serão visíveis no Brasil em 6 de fevereiro de 2027, 26 de janeiro de 2028 e 20 de março de 2034. Além disso, em abril deste ano, uma emocionante chuva de meteoros atingirá seu pico entre os dias 21 e 22, mas tudo dependerá da localização do observador.

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