Novo programa pretende ampliar a oferta de crédito pra MEIs, presidente do CRC diz que ampliar crédito para mulheres é crucial

Lançado pelo Governo Federal nesta quarta-feira, 24, o Programa Acredita prevê o fomento ao crédito para mulheres empreendedoras e renegociação de dívidas na primeira faixa do projeto. Dados da Receita Federal mostram que em janeiro deste ano, entre os quase 565 mil optantes pelo MEI, 33,66% estão inadimplentes.

A presidente do Conselho Regional de Contabilidade (CRC), Sucena Hummel, celebrou a instalação do programa. “O governo fez por faixas de prioridade e eu fiquei animada com garantia de crédito às mulheres. Hoje, no mercado financeiro, o crédito para as mulheres que empreendem são mais caros”, revela.

Hummel explica que em Goiás há um percentual significativo de Microempreendedor Individual (MEI) endividados. “Esse cenário forçou, inclusive, o Governo de Goiás a lançar um programa de refinanciamento do ICMS que abrange também a questão as empresas do simples nacional com perspectiva de arrecadar cerca de R$ 1 bilhão”, conta.

Programa Acredita

O Acredita prevê a injeção de pelo menos R$ 500 milhões na economia até o final do ano, tanto na linha de crédito para expansão e abertura de novas empresas, quanto na renegociação das dívidas. “É uma possibilidade que as empresas vão ter de renegociar suas dívidas e ter um crédito com taxas de juros diferenciados”, diz.

Além da prioridade no fomento ao crédito para mulheres, o programa destaca ainda o setor rural, pequenos negócios que faturam até R$ 360 mil por ano, crédito imobiliário e estímulo a habitação. Além disso, há um foco na sustentabilidade com a promoção da captação de recursos estrangeiros para a área.

A renegociação de dívidas e o fomento ao crédito, acredita Sucena, pode estimular os empreendedores que estão na informalidade a registrar seus negócios. Hoje, segundo dados do Ministério da Fazenda, cerca de 4,6 milhões de pessoas empreendem na informalidade.

“A gente geralmente fala que o MEI tem uma taxa de juros diferenciada, mas para isso ele precisa ter sua contabilidade regular, por isso é importante ter o auxílio do profissional de contabilidade”, explica.

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