O Governo Federal liberou, na terça-feira, 30, mais de R$ 170,6 milhões em emendas parlamentares para a bancada goiana. A liberação das emendas ocorre em meio a relação tempestuosa com o Congresso Nacional que pautará vetos da presidência, além de outros projetos considerado polêmicos como o das saidinhas temporárias.
Outro tema considerado fundamental para o governo é a votação da regulamentação da Reforma Tributária. No entanto, a relação com o Congresso nos últimos meses, especialmente com a Câmara dos Deputados, foi marcada por intensos atritos. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) pediu que Lula entrasse pessoalmente nas articulações após a troca de farpas com o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT).
As emendas liberadas para os deputados e senadores goianos fazem parte do principal ponto de inflexão do chamado Centrão: o Ministério da Saúde. Com a liberação, à nível nacional, cerca de 60% do Orçamento do Ministério da Saúde foi utilizado para atender os parlamentares. Quase a totalidade dos recursos serão utilizados para bancar o custeio hospitalar.
Líder de emenda é do PL
Os dados levantados pela reportagem a partir do portal Siga Brasil mostram que o senador Wilder Morais (PL) lidera com o maior volume de emendas liberadas pelo Ministério. São R$ 13,5 milhões em incremento ao custeio hospitalar.
A bancada goiana em conjunto indicou mais de R$ 113 milhões também para o custeio e cumprimento de metas na atenção primária à saúde, indica o detalhamento. Há ainda outra emenda para a Rede do Sistema Único de Assistência Social (SUAS).
O deputado Ismael Alexandrino (PSD) indicou R$ 5,9 milhões, Gustavo Gayer (PL) R$ 5,1 milhões e Jorge Kajuru (PSB) 3,5 milhões. O suplente de deputado Márcio Correa (PL) também teve emendas empenhadas no valor de R$ 3,7 milhões.
Seguem a lista Delegada Adriana Accorsi (PT) R$ 3,7 milhões, Glaustin da Fokus (Podemos) com a liberação de R$ 3 milhões, Flávia Morais (PDT), Rubens Otoni (PT), e Daniel Agrobom (PL) com R$ 2,5 milhões em emendas empenhadas. Jeferson Rodrigues (Republicanos) e Vanderlan Cardoso com R$ 2,2 milhões, Silvye Alves (UB) R$ 1,5 milhões, Marussa Boldrin (MDB) R$ 1,2 milhões, Dr. Zacharias Calil (UB) R$ R$ 1 milhão, Professor Alcides R$ 500 mil, Adriano do Baldy (PP) R$ 750 mil.
- Emendas de bancada: R$ 113.323.637
- Wilder Morais: R$ 13.577.677
- Ismael Alexandrino (PSD): R$ 5.945.000
- Gustavo Gayer (PL): R$ 5.150.00
- Delegada Adriana (PT): R$ 3.750.000
- Márcio Correa (PL): R$ 3.700.000
- Glaustin da Fokus (Podemos): R$ 3.003.814
- Jorge Kajuru (PSB): R$ 3.563.220
- Rubens Otoni (PT): R$ 2.500.000
- Daniel Agrobom (PL): R$ 2.500.000
- Flávia Morais (PDT): R$ 2.510.108
- Vanderlan Cardoso (PSD): R$ 2.292.823
- Jeferson Rodrigues (Republicanos): R$ 2.225.000
- Zacharias Calil (UB): R$ 1.650.044
- José Nelto (PP): R$ 1.600.000
- Silvye Alves (UB): R$ 1.550.212
- Marussa Boldrin (MDB): R$ 1.200.000
- Adriano do Baldy (PP): R$ 750.000
- Professor Alcides (PL): R$ 500.000
Total: R$ 170.633.024
Ao todo, foram 4,9 bilhões em emendas
Ao todo, o Governo Federal liberou, apenas nesta terça, R$ 4,9 bilhões em emendas parlamentares. Essas são emendas obrigatórias, ou seja, o governo é obrigado a pagar conforme os interesses dos deputados. O Executivo decide apenas quando as emendas serão liberadas.
Quando os recursos são do ministério, eles precisam atender critérios claros, como tamanho da cidade, necessidade e quantidade de procedimentos. No caso das emendas, o parlamentar tem a liberdade de escolher para onde o dinheiro vai, sem ter que seguir os requisitos.
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