Uma pesquisa qualitativa reacendeu os ânimos da política de Porangatu. As pesquisas quantitativas mostram que a prefeita Vanuza Valadares, do União Brasil, vai bem. Não tem nenhum adversário à sua altura. Hoje.
Entretanto, a quali mostra que há uma forte insatisfação em relação a administração de Vanuza Valadares. Parte dos eleitores admite que sua gestão não é ruim, mas a maioria a percebe com “conturbada” e não apreciou o fato de que a prefeita está sendo investigada pela Polícia Federal, que já esteve na prefeitura e levou vários documentos. Diz-se também que a cidade precisa de um prefeito que leve a cidade a novo patamar de desenvolvimento. “Não basta recapear ruas e restaurar praças, porque isto é visto como maquiagem. É cruciar atrair empresas sólidas que gerem empregos e aumentem a renda das pessoas. Não há, neste momento, um projeto de desenvolvimento de Porangatu”, disse um empresário, numa reunião recente.

Há quatro empresários que ainda não se definiram como candidatos, mas que podem ser candidatos, ou então podem organizar uma frente política para enfrentar Vanuza Valadares.
1
José de Paiva

Com mais de 80 anos, Zé de Paiva, cartorário e empreendedor na cidade — teve cinema e hotel —, dificilmente, até pela idade, terá como se apresentar aos eleitores como um elemento da mudança. Mas não lhe falta estrutura (dinheiro). O que lhe falta é estrutura política. É certo que não vai compor com Vanuza Valadares.
2
Márcio Luís da Silva
Ao assumir a presidência da Facieg, Márcio Luís da Silva deixou o MDB do vice-governador Daniel Vilela. Mas não deixou de conversar com o presidente do partido nem com seus aliados de Porangatu. Parecia fora do jogo. Mas quem o conhece e entende a política de Porangatu postula que pode voltar ao jogo, filiando-se novamente ao MDB.
Pesquisas sugerem que, se disputar, será o candidato mais forte para enfrentar Vanuza Valadares. Porque tem capacidade de aglutinar as forças de oposição e, apesar de moderado, tem um discurso afiado. Recentemente, quando a Justiça barrou os gastos excessivos da prefeitura com o Carnaval de 2024, Márcio Luis gravou um vídeo e se posicionou com firmeza. Disse, com todas as letras, que não é contrário ao Carnaval. É a favor. Mas não pode deixar de se posicionar em relação ao descalabro dos gastos da prefeita (o projeto era torrar muito mais dinheiro do que em 2022, o que levou o Ministério Público a sugerir à Justiça que barrasse a farra dos gastos).
Quer dizer que Márcio Luís está no jogo? Ainda não. Mas é bem possível que, com o apoio de Daniel Vilela — com quem tem forte ligação —, o advogado, empresário e líder classista aceite participar de um projeto para recuperar a imagem da prefeitura e, portanto, da cidade.
3
Rafael do Charque/Podemos
O empresário está disposto a disputar a Prefeitura de Porangatu, No momento, é o pré-candidato das oposições mais afirmativo. Jovem, ousado, não será surpresa se colocar seu nome na disputa. Ele conta com o apoio do deputado federal Glaustin da Fokus (Podemos) e mantém diálogo com as forças de oposição — como José de Paiva e Márcio Luís.
Rafael — o Rafa — do Charque, se for candidato, vai se apresentar como o nome da mudança. Não da mudança apenas de nome, mas de métodos políticos e administrativos. Ele que colocar a prefeitura a serviço não de grupos e interesses econômicos, e sim da sociedade, de todos os cidadãos.
4
Reinaldo Borba de Souza

Sem filiação partidária, Reinaldo Borba de Souza, o Reinaldo Santo Antônio, tem sido sondado por políticos de Porangatu. Bem-sucedido como empresário — é apontado como uma máquina para trabalhar e um gestor competente na iniciativa privada —, seria capaz, na opinião de muitos que o querem na disputa, de recuperar as contas públicas e, sobretudo, a imagem da prefeitura.
Reinaldo Borba teria ficado envaidecido com a lembrança de seu nome para a disputa. Mas parte da família, de acordo com um vereador, não quer vê-lo como candidato, com receio de que os negócios, que vão de vento em popa, sejam prejudicados. (E.F.B.)
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