Google Analytics: entenda por que o Jornal Opção tem mais acesso do que O Popular

Fundado em 1938, “O Popular” é uma referência jornalística de Goiás. Durante anos, liderou, de maneira absoluta, em termos de tiragem — que era apontada pelo Instituto de Verificação de Circulação (IVC).

Mesmo nos chamados “tempos áureos” do jornal “Diário da Manhã” — com Washington Novaes, Aloysio Biondi, Reynaldo Jardim, Marcos Antônio Coelho na redação, entre outras figuras notáveis —, “O Popular continuou liderando em termos de circulação e assinaturas.

Os tempos mudaram — com a adoção de novas tecnologias que mudaram e continuam mudando os rumos da comunicação.

Vários jornais, como o Jornal Opção, se mostraram atentos à força da internet, com suas plataformas vitais para ampliar o poder da comunicação e os acessos. “O Popular” parece não ter percebido que o “novo” chegou para ficar, ou melhor, é preciso renovar sempre. Por isso ficou para trás. “Envelheceu” no pior sentido, ou seja, deixou de ser contemporâneo (dos interesses e desejos) de seus leitores.

Como é que um jornal que era (e continua sendo) meramente “regional”, que o país e o mundo não conhecem, pode se fechar para não-assinantes? Como vai conquistar assinantes se não é conhecido nacionalmente?

Ao fechar o jornal para não-assinantes, antes de se tornar conhecido no país, a direção da empresa praticamente derrubou os acessos de “O Popular”. “Folha de S. Paulo”, “O Estado de S. Paulo”, “O Globo” — assim como o “New York Times”, nos Estados Unidos —, antes da internet, já eram jornais que circulavam em todos os Estados, notadamente nas capitais e nas grandes cidades do país. Eram, por assim dizer, “nacionais”. Por isso, podem cobrar e, mesmo com fartura de informações noutros jornais e sites, conseguem assinantes.

“O Popular” hoje enfrenta problemas sérios. Porque, sem conseguir se tornar nacional, apesar da internet, está perdendo força localmente, quer dizer, em seu próprio Estado.

Em abril de 2024, o Jornal Opção obteve 11,4 milhões de acessos. “O Popular” conquistou 8 milhões. O “Daqui”, também do Grupo Jaime Câmara, ficou com 200 mil acessos. Quer dizer, os dois jornais da empresa — juntos — foram menos acessados do que o Jornal Opção.

Qual é o segredo do Jornal Opção? A rigor, não há segredo algum.

O jornal é livre na internet e, por isso, é acessado em Goiás, no Brasil e no mundo (cada vez temos mais audiência na Europa e nos Estados Unidos). E, claro, é acessado por causa de sua qualidade jornalística.

Pode-se sugerir que, do ponto de vista dos leitores universais, o Jornal Opção é “amigável” e “O Popular” não é. (Detalhe: quando se trata de Google Analytics não se pode falar em acessos anabolizados por robôs. Quem fala em robôs não sabe o que está dizendo, ou então é dotado de má-fe.)

O Jornal Opção se tornou diário, tendo, portanto, de reforçar sua cobertura factual. Ainda assim, não perdeu sua força analítica. Se “O Popular” terceirizou sua opinião — abrindo espaço para articulistas de outros Estados (o “método” se tornou antiquado, mas o jornal insiste) —, o Jornal Opção faz questão de reforçar a força produtiva e temas locais.

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