Com entrada gratuita, Vinilândia vai reunir apaixonados por discos de vinil em Goiânia

Os discos de vinil estão de volta em alta! No Brasil, as vendas de LPs registraram um aumento de 136% em 2023, ultrapassando pela primeira vez o faturamento de CDs e DVDs musicais, conforme relatório da Pró-Música, entidade que representa as principais gravadoras do país. E para celebrar esse retorno, o Martim Cererê, em Goiânia, será palco de mais uma edição da Vinillândia (Feira Nacional de Discos de Vinil). O evento acontece no próximo sábado, 18, a partir das 14h.

A Feira vai reunir diversos lojistas, sebos e colecionadores para comercialização, compra e troca de discos durante toda a tarde e parte da noite. Leonardo Razuk é goianiense e apaixonado por vinis desde os 8 anos de idade. “Comecei a colecionar vinis em 1980. Meus pais gostavam muito de música e, com a morte do John Lennon, minha mãe levou eu e meu irmão para comprarmos um disco dos Beatles de presente de Natal”. Desde então, ele conta que nunca mais parou de colecionar os discos de vinil.

Entre os expositores da Vinillândia estarão lojas conhecidas da cidade, como Monstro Discos, Fadiga Discos, Johnny Records, Bacurau Discos, Lado A, Prisma Records, Discos e Afins e Oliveira’s Livraria, oferecendo preços especiais e uma variedade de discos novos e usados, nacionais e importados.

Nesta edição, a Capital poderá comprovar esse aumento real na consumo dos bolachões. A expectativa dos expositores é de grandes vendas, principalmente de discos usados, e também lançamentos, uma vez que até artistas das novas gerações como Taylor Swift, Olivia Rodrigo, Harry Styles e Billie Elish também adotaram o formato, conquistando os mais jovens.

Leonardo Razuk explica que muitos jovens estão sim consumindo vinil. “O vinil não é uma experiência auditiva só. Ela mexe com vários sentidos. Não é uma música num celular, numa plataforma digital. Tem o físico. O visual da capa. Da arte, dos encartes. E tem o tato. Você pega, manuseia… põe um lado, troca… olha a faixa quer ouvir… é uma experiência muito mais completa”, diz Leonardo. Para ele, ouvir música em vinil é algo muito mais apaixonante do que ouvir uma música digital.

Leonardo Belem é sócio de Razuk na loja Monstros Discos e conta ao Jornal Opção que possui mais de 2 mil discos. “Meu interesse e envolvimento com o vinil já é algo de muito tempo, 30 ou 40 anos. Muita gente se desfez dos discos de vinil durante o período em que o CD surgiu, mas muitos continuaram colecionando. Agora tem uma onda que o vinil voltou”, pontua.

Segundo ele, a predileção pelo vinil se deu porque ele aprendeu a ouvir música com os discos. “Não que eu não escute mídias digitais e plataformas como Spotify ou YouTube. Mas é porque pra mim é mais natural ouvir o disco em vinil, é uma questão mais de gosto e de ter uma formação na minha base musical com o consumo de discos. Porém, todos os formatos são legais, qualquer música é muito boa, de qualquer jeito que você possa escutar.

Razuck e Bigode estarão presentes na Vinillândia, que além da venda de discos, contará com barracas de artigos pop e místicos, serviço de bar, food trucks e uma programação musical com DJs tocando exclusivamente com discos de vinil. Os DJs Giras, Mark James, Sabará e o coletivo Odara serão os responsáveis por comandar as pick-ups.

Como surgiu a Vinillândia

A Vinillândia surgiu em março de 2022 e já se tornou um dos principais eventos de vinil da cidade. A feira acontece sempre duas vezes por ano e costuma atrair amantes dos vinis não só de Goiânia, mas também do interior do estado.

Em meio à música digital e as plataformas de streaming, os discos de vinil voltaram a ganhar força entre os apaixonados por música. Em 2023, o faturamento com vendas de discos de vinil superou a marca de R$ 11 milhões, enquanto a de CDs foi de R$ 5 milhões. Mundialmente, as vendas de vinil também cresceram significativamente, a ponto do Reino Unido voltar a colocar o item na cesta de produtos para calcular a inflação.

A última vez que os vinis tinham sido usados para ajudar no cálculo do custo de vida havia sido em 1992, antes que os compact discs tomassem seu lugar. Outro dado recente que comprova essa volta foi o relatório da Associação Americana da Indústria de Gravação que revelou que, somente em 2022, foram vendidos mais de 41 milhões de discos de vinil contra 33 milhões de CDs, o que representa um lucro de mais de R$ 6 milhões. Pela primeira vez, desde 1987, as vendas de discos em vinil ultrapassaram as de CD.

Serviço
Vinillândia – Feira de Discos de Vinil
Data: Sábado (9/12), das 14 às 22h
Local: Centro Cultural Martim Cererê (Rua 94-A, Setor Sul)
Entrada gratuita

Programação musical:
14h – DJ Rodzila
16h – Electrovinil
18h – Glauco Brandão
20h – Yasmin Lauck
22h – DJ Pafa

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