Desembargadora que ligou Marielle Franco ao Comando Vermelho é afastada pelo CNJ, mas continua recebendo salário

A desembargadora Marília Castro Neves foi afastada em decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) após associar a vereadora Marille Franco a facção criminosa do Rio de Janeiro, Comando Vermelho. Alvo de processo administrativo disciplinar, magistrada deverá ficar afastada por 90 dias.

Apesar da sanção, Neves receberá normalmente sua renumeração. Os conselheiros divergiram apenas em relação ao prazo da punição. Luís Roberto Barroso, ministro do Supremo Tribunal de Federal (STF) e presidente do CNJ fez duras críticas à desembargadora e pretendia que o afastamento durasse 180 dias, mas seu voto foi vencido.

A magistrada publicou na época, nas redes sociais, que a vereadora estava “engajada com bandidos”, além de atribuir a morte de Marielle e o motorista Anderson Gomes, ao comportamento da própria vereadora. “Seu comportamento, ditado por seu engajamento político, foi determinante para seu trágico fim. Qualquer outra coisa diversa é mimimi da esquerda tentando agregar valor a um cadáver tão comum quanto qualquer outro”, postou.

Na sessão que julgou o caso, o ministro Barroso considerou as postagens como “calúnia, transfobia, capacitismo e desrespeitos aos mortos”. “Noventa dias é quase um ‘prêmio’ para um comportamento espantoso para uma membra do Poder Judiciário”, acrescentou.

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