Renato Cariani usava nome de crianças para comprar ‘hormônios de crescimento’, diz PF

Réu por tráfico de drogas, o influencer fitness Renato Cariani também estaria envolvido na compra de “hormônios de crescimento” usando nomes de crianças. A prática criminosa, que teria sido praticada em 2017, foi revelada no relatório da Polícia Federal (PF).

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A PF apontou que o empresário se associou a uma amiga chamada Elen Couto, para conseguir “receitas médicas e descontos, para a compra de Norditropin, mais conhecido como GH”. Em uma das conversas que constam no relatório, Renato Cariani aciona a amiga pedindo nomes de crianças para comprar mais “daquele medicamento”. 

A mulher, então, se prontifica a cadastrar os nomes para que o influencer consiga comprar os medicamentos com desconto. Quando Cariani questiona mais dados do cadastro que havia sido feito, Elen demonstra certo constrangimento e diz que pegou dados dos próprios alunos dela.

No documento é relatado que o fato de Elen Couto ter afirmado que utilizou dados de alunos para fins de cadastro “reforça os indícios de falsidade dessas receitas”. 

Investigação sobre tráfico 

A Operação Hinsberg, deflagrada pela PF em dezembro de 2023, colocou Renato Cariani na mira da Justiça pelo envolvimento com o tráfico de drogas. A interação entre o influencer e a amiga não é objeto da investigação federal sobre o desvio de produtos químicos. 

Os diálogos foram utilizados apenas para reforçar a tese da relação entre Cariani e a amiga, uma vez que a mulher já trabalhou com ele na Anidrol Produtos para Laboratórios.

Os diálogos anexados no relatório sugerem, também, que as vendas simuladas de produtos químicos para grandes farmacêuticas eram de conhecimento de Cariani. Esta é a principal linha sustentada pela PF sobre o envolvimento do influencer com o tráfico.

Documentos mostram que entre 2014 e 2020, substâncias químicas, que poderiam produzir 15 toneladas de crack, saíram irregularmente da empresa do influencer.

Denúncia do MP

Renato Cariani, famoso e premiado influenciador fitness e outras quatros pessoas se tornaram réus no caso que apura desvio de produtos químicos para produção de drogas. Na última sexta-feira, 16, a Justiça de Diadema aceitou a denúncia do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) contra o empresário.

Além de Cariani, também viraram réus Roseli Dorth, Fabio Spínola Mota, Andreia Domingues Ferreira e Rodrigo Gomes Pereira. Os acusados têm 10 dias para apresentarem suas defesas e como medida cautelar, os investigados precisam entregar seus passaportes.

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