Carros fumacês não devem ser mais vistos em Goiás; entenda o motivo e as medidas alternativas

A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás tem utilizado, ao invés do caminhão, o pulverizador costal portátil. A medida pode ser mais eficaz por permitir a aplicação mais precisa e direcionada. Por isso os famosos caminhões devem ser cada vez menos visto nas cidades de Goiás.

Esses novos aparelhos também são recomendados nas diretrizes do Ministério da Saúde para o controle de doenças transmitidas por mosquitos, como a dengue. Além disso, o novo método de aplicação do inseticida é menos prejudicial ao meio ambiente.

A doutora Daniela de Melo, biomédica, afirma que o novo equipamento exige o monitoramento de resultados e ajuste de estratégias “conforme necessário para controlar efetivamente a população de mosquitos e reduzir o risco de doenças transmitidas por eles, como a dengue, zika e chikungunya”.

O inseticida utilizado nas ruas é o Fludora Co-Max, produto aprovado pela Anvisa. Enquanto as indicações e contraindicações do método de aplicação de inseticida utilizando o pulverizador costal portátil podem variar, dependendo da situação específica e das características da região afetada.

Indicações

  • O método pode ser indicado em situações de surtos ou epidemias de doenças transmitidas por mosquitos, como a dengue, zika e chikungunya, para controlar a população de mosquitos adultos e reduzir a transmissão da doença.
  • Quando há uma alta densidade populacional de mosquitos adultos e outras medidas de controle de vetores não são suficientemente eficazes, o uso de inseticidas pode ser recomendado para complementar as estratégias de controle.

Conindicações

  • Sensibilidade ambiental: Em áreas sensíveis do ponto de vista ambiental, como reservas naturais, parques ecológicos ou áreas de preservação ambiental, o uso de inseticidas pode ser contraindicado devido ao potencial impacto negativo sobre a biodiversidade e os ecossistemas locais.
  • Resistência do vetor: Em algumas situações, os mosquitos podem desenvolver resistência aos inseticidas, o que reduz a eficácia do método de controle. Nesses casos, pode ser necessário adotar outras estratégias de controle ou realizar testes para identificar os inseticidas mais eficazes.

Outras espécies de animais e insetos podem ser afetadas pela “fumaça”?

De acordo a doutora Daniela de Melo, qualquer inseticida pode afetar organismos não alvo, ou seja, outras espécies de animais e insetos que não são o alvo principal da aplicação.

“Isso inclui insetos benéficos, como abelhas e borboletas, além de outros animais que podem estar presentes na área de aplicação, como pássaros, peixes e animais domésticos. A aplicação do pulverizador costal portátil deve ser feita com cuidado e seguindo as recomendações de segurança para minimizar os efeitos sobre os organismos não alvo”, explica.

É seguro para os servidores que estarão trabalhando diretamente com isso?

“Será essencial que os servidores que estarão trabalhando diretamente com a aplicação do inseticida usem os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) adequados para garantir sua segurança durante o processo. Isso inclui trajes especiais, como macacões, máscaras, óculos de proteção, luvas e botas, que ajudam a proteger contra a exposição direta ao inseticida e minimizam o risco de inalação, contato com a pele e contato com os olhos. Além disso, o tempo de exposição dos agentes à substância inseticida deve ser monitorado e controlado para evitar possíveis efeitos adversos à saúde. Isso pode envolver a implementação de intervalos regulares de descanso, limites de exposição diária e medidas para garantir que os agentes não fiquem expostos por longos períodos consecutivos.

De acordo com a especialista, é compreensível que com o aumento rápido no número de casos de dengue em 2024, os gestores públicos estejam preocupados e busquem medidas eficazes de controle e prevenção da doença, seguindo as orientações do Ministério da Saúde.

“Além disso, é importante de não deixar lixo espalhado em qualquer local, não deixar água parada, manter os ambientes limpos, usar repelentes, e quando possível, vacinar contra a dengue”, enfatiza Melo. A vacina da rede pública está disponível para adolescentes de 10 a 14 anos e na rede particular para pessoas até 60 anos.

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