Superando recusa familiar, Goiás registra 110 doações de órgãos em 2024

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Até 27 de dezembro de 2024, Goiás registrou 110 doações de órgãos, número próximo ao do ano passado, quando foram realizadas 113 doações. Destas, 40% ocorreram em hospitais da rede pública estadual, administrados pelo Governo de Goiás. O ano também foi marcado pelos primeiros transplantes de medula óssea e pâncreas na rede estadual, realizados no Hospital Estadual Dr. Alberto Rassi (HGG), em Goiânia.

No entanto, um desafio persiste: a recusa familiar, que atingiu 68% este ano, acima dos 62% registrados em 2023. “Os profissionais estão preparados para acolher e dialogar com as famílias sobre a possibilidade da doação de órgãos, mas não é uma tarefa fácil”, afirma Katiuscia Freitas, gerente de Transplantes da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO). A Gerência de Transplantes é responsável por coordenar todas as etapas do processo, desde a notificação de morte encefálica até a distribuição dos órgãos para transplantes.

Das 55 unidades de saúde no estado que notificaram morte encefálica em 2024, as captações de órgãos ocorreram em 20 delas, sendo oito da rede estadual: Hugo, Hugol e HGG (Goiânia); Herso (Santa Helena); HCN (Uruaçu); Heana (Anápolis); HEL (Luziânia); e Hetrin (Trindade). Já os transplantes de fígado, rins e medula óssea foram realizados no HGG. O estado também conta com 22 equipes habilitadas para transplantes de córneas.

A Gerência de Transplantes trabalha em parceria com diversas instituições, como o Corpo de Bombeiros de Goiás, Samu, Serviço Aéreo do Governo de Goiás, Aeroporto de Goiânia, companhias aéreas comerciais e a Força Aérea Brasileira, garantindo a logística necessária para a entrega de órgãos em tempo hábil.

Para 2025, a expectativa é ampliar ainda mais os números de doações e transplantes por meio de capacitação de profissionais de saúde, campanhas de sensibilização e a implementação do Sistema Integrado de Doação de Órgãos e Avaliação de Receptores (Sidoar). “Pretendemos continuar avançando nesse ato de solidariedade tão importante para salvar vidas em Goiás”, conclui Katiuscia.

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