
“Depois do tempo da quaresma, um tempo forte de retiro espiritual e, o convite a conversão; estamos nos aproximando da grande celebração da Páscoa, a Festa Maior para o Cristão.
Iremos viver nos próximos dias o período do Tríduo Pascal. Quinta feira (instituição da Eucaristia e lava-Pés, Sexta-Feira Santa -Paixão do Senhor e Sábado santo – vigilia Pascal e vamos encerrar este tríduo Pascal com o Domingo de Páscoa celebrando assim a Ressureição de Jesus.
A celebração desse período litúrgico nos garante a lembrança profunda dos fundamentos da nossa fé, que Jesus Cristo morreu e ressuscitou para nos livrar do pecado.
De fato, a celebração do Tríduo Pascal representa nossa aproximação com a memória do sacrifício de Jesus Cristo por nós, do Cordeiro de Deus imolado, para remissão dos pecados.
A semana santa, com o Tríduo Pascal, é de grande importância para toda a humanidade. Essa semana nos leva a refletir sobre nossa vida e nossa salvação.
Essa Salvação se realiza na Páscoa de Cristo, que passando pelo sofrimento e pela morte, entra na vida nova da Ressurreição. Em Jesus, o Filho de Deus, a humanidade tem acesso à Páscoa eterna.
A liturgia nos convida então a acompanhar Jesus passo a passo, desde a sua chegada em Jerusalém até o encontro de Jesus ressuscitado com os discípulos, passando pela colina do Gólgota onde foi crucificado. Toda essa trajetória alimenta nossa fé e nos ajuda a compreender e a experimentar o grande amor de Deus por nós.
Já o catecismo da Igreja Católica diz que a Páscoa não é simplesmente uma festa entre outras. A Páscoa é a festa das festas […] O mistério da ressureição, em que Cristo aniquilou a morte, penetra no vosso velho tempo com sua poderosa energia, até que tudo lhe seja submetido. (§1169).
Enfim, O tempo litúrgico da Páscoa é a estação da primavera espiritual, e somos chamados a caminhar pelo jardim da Ressurreição, que é o próprio Cristo presente em nosso meio.
O Círio Pascal é símbolo dessa presença do Ressuscitado na comunidade que se reúne para celebrar este tempo novo, onde cantamos as glórias do Senhor, que venceu a morte e nos deu a vida eterna.
Neste tempo pascal, busquemos as “coisas do alto”. Não nos conformemos com as realidades que oprimem a vida, mas transformemo-las por nosso exemplo e misericórdia. Em nossa comunidade, busquemos viver a paz do Cristo Ressuscitado nos pequenos gestos.
Com Cristo ressuscitado celebremos a Páscoa na vida cotidiana, antecipando a gloriosa realidade que vislumbramos, hoje, pela fé e, um dia, junto de Deus, na plenitude da graça que esperamos. Aleluia”.
*Frei Roberto Carlos é o Pároco da Igreja Matriz Santa Inês, de Balneário Camboriú