Aurora EADI volta a atacar poder público e cobra maior celeridade para obter licença de funcionamento

A Aurora EADI, que disputa desde 2019 na Justiça a gestão da área alfandegária do Porto Seco de Anápolis, aumentou sua aposta na estratégia de criticar o Poder Público por não ter conseguido ainda as licenças necessárias para colocar em operação a estrutura que montou na cidade. Em coletiva de imprensa na manhã desta quarta-feira, 16, representantes da empresa criticaram Prefeitura de Anápolis e o governo do Estado e pediram para serem atendidos pelo prefeito Márcio Corrêa de forma individual para negociar suas demandas.

A vinda da Aurora para Goiás é cercada de polêmicas. Além da disputa na Justiça Federal com o Grupo Porto Seco Centro-Oeste, que opera hoje o terminal alfandegado, a empresa já foi alvo de operação da Polícia Federal, em 2021, por promover um esquema de corrupção e tráfico de influência dentro do DNIT para obter licenças de funcionamento em Anápolis. A empresa desde então tem adotado uma postura de enfrentamento com o Poder Público, especialmente o municipal.

Na versão de Paola di Gregório, diretora e acionista da Aurora, a empresa já apresentou todos os documentos e cumpriu todas as exigências legais, mas não recebeu o Alvará de Funcionamento Condicionado, expedido pela Prefeitura. “A Prefeitura não nos deu um prazo e não nos explicou por que não recebemos o Alvará. A Receita Federal aguarda o alvará para dar sequência ao alfandegamento”.

A prefeitura aponta irregularidades na construção, no uso do terreno e investiga inclusive a contratação irregular de servidores para prestar assessoria à empresa dentro da própria administração municipal, conduta que é vedada. Uma ex-servidora da secretaria municipal de planejamento já admitiu que prestava serviços à Aurora, embora tenha negado que atuasse nas demandas da empresa com o município.

Segundo a diretora, a Prefeitura já prometeu diversas vezes o alvará de funcionamento, mas a emissão do documento foi postergada sob justificativa de novas exigências imprevistas. “Nos programamos, contratamos pessoas, geramos expectativas. Agora, queremos um compromisso com datas e clareza”, afirmou. “Agora queremos ser recebidos com dignidade e justiça, como os outros. Quero uma data final para recontratar as pessoas que treinei por 6 seis meses e tive de demitir por não ter data final da Prefeitura.”

Os representantes da empresa contam que já tentaram marcar encontros também com representantes do governo do Estado, sem sucesso. Ex-presidente da Aurora e membro do conselho diretivo, o empresário Franco Di Gregório fez uma fala na coletiva lamentando a situação e dizendo que não enxerga uma solução a curto prazo. Franco di Gregório é um personagem polêmico. Já foi condenado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) por fraude em licitação e foi proibido de contratar com o poder público. Depois disto ele mudou o quadro societário da empresa, delegando a administração da Aurora à sua filha Paola.

Leia também: Suposta ligação de servidora e ex-secretário de Anápolis com Aurora Eadi levanta dúvidas sobre licenciamentos

O post Aurora EADI volta a atacar poder público e cobra maior celeridade para obter licença de funcionamento apareceu primeiro em Jornal Opção.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.