Brasil sobe 19 posições no ranking mundial de liberdade de imprensa em um ano

O Brasil subiu 19 posições no ranking mundial de liberdade de imprensa, elaborado anualmente pela organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF). Enquanto em 2024 o Brasil estava na posição 82, este ano ficou em 63º, dentre os 180 países avaliados. O estudo foi divulgado na última sexta-feira (2).

A situação da liberdade de imprensa nos países pode ser classificada entre: boa, relativamente boa, problemática, difícil e muito grave. Segundo a RSF, pela primeira vez, a situação da liberdade de imprensa tornou-se “difícil” em escala global, com pontuação média abaixo de 55. Além disso, mais de 60% das nações avaliadas registraram retrocessos em suas posições no ranking. 

Após o mandato de Jair Bolsonaro, marcado por ataques constantes à imprensa, o novo governo de Lula tenta normalizar as relações entre o Estado e o jornalismo. Quando se compara o ranking de 2025 com o de 2022, o Brasil subiu 47 posições. Segundo os pesquisadores, após o governo Bolsonaro, há um clima menos hostil ao jornalismo. Ainda assim, neste ano, a situação da liberdade de imprensa foi classificada como “problemática” no Brasil.

Segundo a RSF, este ranking mede as condições para o livre exercício do jornalismo considerando indicadores políticos, sociais, econômicos, legais e de segurança. Em 2025, o enfraquecimento econômico dos meios de comunicação foi determinante no ranking e é um dos principais riscos à liberdade de imprensa. Isso porque, para a organização, os veículos estão divididos – em meio a pressão de anunciantes e restrições de auxílio estatal – entre garantir a própria independência e também a sobrevivência econômica.

“Garantir um espaço de meios de comunicação pluralistas, livres e independentes exige condições financeiras estáveis e transparentes. Sem independência econômica, não há imprensa livre. Quando um meio de comunicação está economicamente enfraquecido, ele é arrastado pela corrida por audiência, em detrimento da qualidade, e pode se tornar presa fácil de oligarcas ou de tomadores de decisão pública que o exploram”, diz Anne Bocandé, diretora editorial do RSF.

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