Elizeth Cardoso deixou um legado que permanece vivo até hoje

*Carlos César Higa

Elizeth Cardoso era a divina! Pixinguinha dizia que ela era a mais brasileira de nossas cantoras. Desde pequena, quando morava no subúrbio carioca, Elizeth já mostrava sua vocação musical. Seu pai Jaime era seresteiro e sempre cantava e tocava violão em casa. Aos 16 anos, Elizeth fez um teste na Rádio Guanabara e foi aprovada. Começava ali sua carreira dividindo o microfone com Vicente Celestino, Araci de Almeida e tantas outras vozes de ouro do nosso rádio.

Em 1958, já consagrada, Elizeth Cardoso topou inaugurar um movimento surgido em Ipanema chamado Bossa Nova. Ela gravou o disco “Canção do amor demais”, com músicas de Tom Jobim e Vinicius de Moraes. O Poetinha recordaria desse tempo ao escrever “Carta ao Tom 74”:

“Rua Nascimento Silva, 107

E você ensinando pra Elizeth

As canções de Canção do Amor Demais

Lembra que tempo feliz?

Ai, que saudade

Ipanema era só felicidade

Era como se o amor doesse em paz”

Elizeth fez uma turnê pelo Japão em 1987. Foi lá que ela passou mal e, ao fazer exames médicos, descobriu que tinha câncer no estômago. Ela começou o tratamento e mesmo assim nunca deixou de cantar. Apesar do cancelamento de vários shows, o público fazia questão de aplaudi-la a cada apresentação.

O coração da Divina parou de bater em 7 de maio de 1990. Elizeth Cardoso nos deixou um legado que permanece vivo para sempre.

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