Em resposta a onda de tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra diversos países do mundo, a resposta do Brasil deve ser no fortalecimento do Brics, que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. O país preside o bloco neste ano e incluiu no calendário do grupo reuniões temáticas sobre temas com meio ambiente, finanças, trabalho.
Nesta semana, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro confirmou a informação.
Para Fávaro, houve consenso sobre a necessidade de ampliação do comércio de produtos agropecuários entre países membros do Brics por conta das tarifas impostas por Trump.
“Por óbvio, isso nos motiva ainda mais para o fortalecimento desse bloco geopolítico. A afronta neste momento, por parte do governo norte-americano, e um protecionismo sem precedentes, certamente, nos induz ao fortalecimento do bloco e buscar novas oportunidades”, disse.
Desde o anúncio das tarifas, especialistas afirmam que o Brasil deve buscar a negociação com os EUA e a diversificação de parceiros comerciais ao redor do mundo.
Por conta disso, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) elaborou um documento com “oportunidades comerciais” do Brasil no bloco. O levantamento mapeia quantos produtos poderiam ter o interesse de países que compõe o Brics.
O estudo identificou 1,6 mil produtos que o Brasil pode exportar para os países que integram o Brics, sendo:
- África do Sul: 582;
- China: 400;
- Índia: 388;
- Rússia: 231.
Os focos, segundo a Apex, seriam:
- proteína animal;
- alimentos processados;
- rochas ornamentais.
Em 2024, o Brasil exportou o equivalente a US$ 102,5 bilhões em produtos para países do Brics e importou o equivalente a US$ 82,1 bilhões. O resultado ficou positivo para o Brasil, com superávit de US$ 20,4 bilhões na balança comercial.
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