Os Estados Unidos revelaram novos planos para taxar navios chineses em portos do país. O objetivo é reavivar a construção naval americana contra o domínio da China no setor.
As novas taxas fazem parte da guerra comercial imposta por Trump contra a China. A estratégia visa trazer a indústria de volta aos Estados Unidos. Especialistas, no entanto, temem que isso possa desencadear uma recessão global e aumento de preços ao consumidor.
Segundo o Representante Comercial dos EUA, o governo americano cobrará taxas sobre todos os navios construídos e de propriedade chinesa que atracarem em portos americanos com base na tonelagem líquida ou nas mercadorias transportadas em cada viagem.
As novas taxas devem entrar em vigor em cerca de 180 dias e serão implementadas de forma gradual. Além disso, o governo dos EUA poderá aumentar as taxas nos próximos anos.
“Navios e transporte marítimo são vitais para a segurança econômica americana e o livre fluxo do comércio”, disse o Representante Comercial dos EUA, Jamieson Greer.
“As ações do governo Trump começarão a reverter o domínio chinês, enfrentar as ameaças à cadeia de suprimentos dos EUA e enviar um sinal de demanda por navios construídos nos EUA.”
Em resposta, o governo chinês afirmou que o plano americano “fracassaria”. “Isso não só aumenta os custos globais de transporte marítimo e perturba a estabilidade da indústria global, como também aumenta as pressões inflacionárias nos EUA, prejudicando os interesses dos consumidores e empresas americanas”, afirmou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian.
A partir de outubro, navios chineses pagarão US$ 50 por tonelada líquida, uma taxa que aumentará em US$ 30 por ano nos próximos três anos. Já navios construídos na China e de propriedade de empresas não chinesas pagarão US$ 18 por tonelada líquida, com aumentos anuais de US$ 5 no mesmo período.
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